Usina de Letras
Usina de Letras
160 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62210 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50604)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140796)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Lula contra o Exército dos N -- 13/10/2002 - 23:12 (Ivan Guerrini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Votei em 89 pela primeira vez. Lula-lá, com o apoio da esmagadora maioria consciente do país. Quem vivenciou aquele clima, sabe do que falo. Sem medo de ser feliz, que sensação boa! Como passei meu tempo de faculdade em regime de exceção, só fui me despertar mesmo para a política quando ingressei na universidade e os N do Maluf queriam nos enfiar goela abaixo que éramos comunistas quando reivindicávamos melhores salários e condições de ensino. Em 81 quase apanhei daqueles N que, na UNESP de Botucatu, acabaram quebrando braços de alunos para quem dei aulas no dia seguinte. Tudo porque os alunos resolveram gritar contra seu oportunismo, despotismo e alguns outros “ismos” não dignos sequer de serem mencionados. Os alunos cantavam o Hino Nacional enquanto os N asseclas desciam o cacete. Foi uma cena triste, mas bonita pela defesa da liberdade contra a força física da porrada. Muitos professores e funcionários deviam favores ao rei por terem conseguido suas vagas sem concurso, então ficavam quietos ou se vendiam. Eu, jamais! Nunca tive rabo preso e, aliás, sempre prezei muito minha liberdade de ser humano sem ser enquadrado em regras idiotas e castradoras ditadas pelo rei ou por quem quer que seja. Pastei em meus concursos, mas passei em todos sem ter o famoso “QI”. Até mesmo naqueles concursos em que me “arrumaram a cama”, eu consegui vencer. Portanto, falo de boca cheia. A década de 80 foi marcada por tétricas e suadas lutas contra o escabroso poderio dos filhotes da ditadura, também integrantes do exército dos N. Na universidade, as coisas melhoraram somente no final dos 80. Na política nacional, veio o sonho de um país livre e independente, que se desmanchou em 89 quando o plim-plim evitou escandalosamente a derrota do coronelismo, sob aplausos de magnatas e conservadores do exército dos N. Muitos desses nas universidades e nas igrejas conservadoras. Tive amigos que defendiam Collor sob as mais variadas conversas fiadas. Afinal, Lula não falava inglês e nem francês e, além de tudo, não tinha um dedo. Para umas e outras, elle, o concorrente, era bonitão e isso bastava. Belo critério... Depois do resultado das eleições, eu ainda quis acreditar nelle, apesar de tudo, mas elle logo usurpou a poupança e deu no que deu. O tempo passou e o filme se repetiu, ainda que mais ameno, ou talvez mais camuflado. Lula era sempre aquele que não tinha um dedo e queria fazer do Brasil uma nova Cuba. Sem falar que comunista come criancinha... Não importaram as comprovações de compra de votos apresentadas pela Folha e nem mesmo o “esqueçam o que eu disse”. O exército dos N atacou de novo, usou boa parte elitista da mídia, e deu a FHC dois mandatos seguidos com venda e entrega de muita coisa nossa que nenhum brasileiro verdadeiramente patriota concordaria em fazer. A hipocrisia dos N nos vários escalões da sociedade ainda se juntava a do alto clero das igrejas para afirmar que o pecado estava indiscutivelmente no sexo, enquanto que o país poderia continuar sendo vendido e o povo esbulhado, pois isso, se pecado, era bem venial. Quem gritou contra, como Boff e Frei Betto, foi para a fogueira da nova inquisição. Betto foi preso, Boff perdeu os direitos eclesiásticos e 30 padres se rebelaram em Botucatu, como poucos sabem. Eu, como esses perseguidos, não dei o meu aval para se entregar o que se entregou aos gringos passando por cima da vontade popular. Não me vendi. Por que esses N não pagam hoje minha conta telefônica para os gringos, conta essa que é bem maior que antes (por todos os critérios de conversão), já que eles são totalmente favoráveis à entrega da soberania, ou melhor, à privatização sem critérios de honradez? Porque discordei do discurso malufista, fui chamado de comunista, enquanto que nos últimos anos fui chamado de vagabundo e de neobobo. Considerando o N que me chamou assim, é compreensível... Afinal, ele pensa que ganhou... É, os tempos mudaram, mas o exército dos N continua agindo. Hoje eles ainda teimam em dizer que Lula não é apto porque não estudou, não tem um dedo, não fala inglês, vai tirar um pedaço de seu quintal, vai acabar com a propriedade privada, vai apoiar a invasão de terras, etc... Disco quebrado de quem não se conforma com os 60% dos votos de Lula nas pesquisas. Muitos N de hoje, apesar de anônimos, estavam de fraldas no reinado malufista, portanto são filhotes dos filhotes. Netófilos da ditadura, muitos dos quais de origem nababesca! Nem por isso difícil de serem reconhecidos, apesar de se esconderem sob os mais variados disfarces. Claro que eles tem o direito de votar no continuísmo, como nós temos o direito de dar um basta aos últimos 500 anos de entreguismo, direto ou disfarçado. Lula não é Lulla, meus caros N. Torço para que vocês não tenham o mesmo sobrenome dos N da época malufista: Ergúmenos!



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui