SEM
Já fui casa nova,
hoje sou tapera.
Cansada da espera,
onde nada se renova.
Fui bailarina,
agora sou o resto.
Já não presto,
moro na esquina.
Nem sei mais quem sou.
Janela entreaberta
ou tristeza descoberta.
Para onde será que vou?
Sem vontade,
sem caminho,
sem carinho,
sem verdade.
Por Vera Linden -junho > quase inverno de 2007
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