O rio que deságua no mar
Não é o mesmo que vejo cá.
É outro, muito diferente.
Assim como o tempo na vida da gente.
Lá na sua nascente,
A pureza é qualidade inerente.
Na desembocadura,
O rio se despede, poluído de amargura.
A vida do homem em tudo é igual.
O início, cristalino, encanta os sentidos.
Quando se avizinha o final,
Toda beleza e viço do nascedouro jazem perdidos. |