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Artigos-->Lula ou Serra, tanto faz... se vc não tomar partido. -- 13/10/2002 - 19:51 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje todos os milhões de brasileiros acordamos igual a ontem. E todos vamos acordar igualzinho amanhã.

Alguém duvida do dia seguinte das eleições? Ou do dia seguinte ao primeiro dia do novo governo? Nada mudará de um dia para o outro, a não ser a esperança de que algo vá se transformar.

Tanto faz votar em Lula ou Serra, querer tentar algo novo ou ficar no lugar-comum da mesmice, se não se pensa em mudar no íntimo.

De nada adianta toda essa mobilização, se não se repensar nossa postura como cidadão. Assim como tantos "técnicos de futebol" previram nossa derrocada na Copa do Mundo (sim, porque cada brasileiro é um técnico e um político milagroso em potencial), muitos estão a postos para linchar publicamente Serra ou Lula, assim que suas expectativas individuais derem errado. Precisamos rever a posição do brasileiro pensante.

Ganhando Lula, todos os contrários torcerão para que seu governo fracasse, para ter o gostinho de dizer (ou pensar mudamente): "- eu não disse?".

Da mesma forma, os pró Lula farão de tudo para que Serra venha a se dar mal.

Mas peraí, quem é que vai se dar mal, fracasse Lula ou Serra? Quem é que sempre paga o pato? Nós, o próprio pato.

Então, é bom mostrar nossos próprios pontos de vista, é saudável torcer, é bom ver seu "time" ganhar, quando o que está em jogo é o aumento do salário dos próprios jogadores. Mas eleição é coisa bem mais séria, bem mais abrangente. Não estamos torcendo para um clube, mas para uma nação. Não estamos brincando de quem é melhor, mais forte, bom de bola. Estamos a ponto de ter uma nova plataforma de governo, com novas (ou velhas) fórmulas de gerir o bem público, de tornar nossa vida mais decente, de fazer valer a vontade do povo.

Serra ou Lula, que vença o mais convincente, mas, efetivamente, o que vai mudar? O que se pode fazer? O que se espera?

Será que alguém pensa que vamos acordar diferentes no dia seguinte? Ou na semana seguinte? Ou no mês seguinte?

O novo governo vai enfrentar um dos maiores desafios que um governo autêntico já teve.

O país está em fase de mudança de gerações, tanto de políticos (verificado nas urnas), quanto de eleitores. A geração que apanhou na ditadura já está cinqüentona. Já tem filhos, que estão elegendo de maneira bem diferente, pq não são ressentidos com nada pessoal. Não conheceram a direita, tampouco lutaram na esquerda. Não fazem idéia do que seja centro, ou neo-liberalismo.

Podem ser uns alienados (opinião de muitos), ou nos surpreender com suas bandeiras, com sua atitude globalizada, integrada no mundo pela necessidade de informação e pela velocidade de sorver a vida, já não tão disputada no tapa, mas nos botões, nos canos das armas de fogo, na fogueira das vaidades internacionais.

Não tenho medo das urnas, dos resultados, dos partidos. Tenho medo é de nós, de nossa aceitação do inaceitável. De nossa postura partidária até à boca de urnas, mas completamente complacente com o que der e vier.

Dólar a quatro reais, manipulação de especuladores, dívidas bilionárias, ganhos incomensuráveis às custas da nação entregue de bandeja. Isso é o que dá medo. E quanto a isso, ninguém faz nada. Cidade de Deus não é filme, é realidade. Vivemos no medo. Vivemos?

Consumimos minutos de vida, momentos, tentamos desesperadamente manter tradições e vínculos, porque nada mais nos resta, senão reviver o que já fomos. Novos caminhos? Quem os arrisca? Quem os trilha? O povo tem medo do novo, tem medo de retaliação, tem medo de ter medo. O povo nem sabe direito o que tem nas mãos.

Serra ou Lula, Lula ou Serra... não importa, se você não se importa, se você não fizer sua parte.

Enquanto não entendermos que o país só vai sair dessa mediocridade em que nos enterramos, quando cada cidadão der seu suor pela nação, investir na seriedade, no compromisso, na consciência tranqüila de estar fazendo o melhor de si, sem "jeitinhos", sem "Gérsons", sem malandragem, exigindo seus direitos e cumprindo seus deveres, não adianta entrar esquerda ou direita, ou qualquer outra facção que surja, porque ainda seremos indignos de chamar nossa pátria de Mãe.

Boa eleição para todos!
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