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Poesias-->AS ONDAS NAS PEDRAS -- 20/05/2007 - 10:36 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O BARCO



Marcelino Rodriguez



Sei que não posso esperar

Os risos e guizos

Que fariam viajar

Meu barco feliz.



Pessoas não são pássaros

E cultivam o desamor

Nunca reparam desenhos de nuvens,

Nem farol de estrelas

Anunciando o explendor.



Meu barco, sozinho no porto, parte...

Veleja com golfinhos

Brincando com o universo

Na orquestra dos peixes;

Enquanto a dor fica para traz

Meu amor segue adiante.



O Mar é grande,

O Céu imenso.

Só o amor de quem não parte no barco,

pequeno.



 



 



 



AS ONDAS NAS PEDRAS



Marcelino Rodriguez





Onde adormecem os sonhos que morrem lentamente, deixando rastros no coração? Quem ouve a canção dessas dores secretas? Quem chora por elas no tempo?

A tristeza é um leopardo no escuro.

Sentimentos sem asas, anjos feridos.

Um grande silêncio.

Um grande silêncio paira sobre os sonhos que amanhecem e não vingaram.

A tristeza é um leopardo no escuro.

Os sonhos esquecidos são como as pedras a cantar nas ondas eternamente sob o silêncio de Deus.

A tristeza é um grande Leopardo no escuro.

Onde adormecem os sonhos que morrem lentamente no peito dos solitários?

Essa é a pergunta das ondas nas pedras e do vento ao tempo.

A tristeza é um leopardo no escuro.





TRECHO DE SENTIMENTO ILHADO



O FANTASMA



Marcelino Rodriguez





Ele a via nua da cintura para cima, linda e fútil, com os belos

cabelos castanhos caindo nas costas. Com ciúmes, reclamava.

De repente, acorda. Era um sonho.

Era a ex namorada . Onde andaria?

Acende um cigarro, melancólico. Pensa que jamais se livraria

daquele fantasma, talvez nem quisesse. Ele a carregava como

uma parte amputada de si, como um braço, uma perna, um olho.

E agora a madrugada caia de silêncio em cima dele, com a brasa

do cigarro o amparando na janela deserta, entregue a memória do membro

perdido.



Direitos Reservados





O JARDIM DO JEDI





Eu poderia dizer que ,durante muitos anos, logo assim que entrei na

primeira juventude, vi-me numa floresta escura do entendimento.

Confundi minha essência com o mundo social e veio a escuridão. Foi

por muito tempo como praticamente eu houvesse me perdido de mim.

De uma certa maneira, a força que guiava-me ainda estava comigo,

porém não havia sabedoria em mim para manejá-la. Hoje percebo que

os mestres de sabedoria estavam o tempo todo contando meus passos,

sentindo meu coração e monitorando meus pensamentos, a fim de que eu

pudesse novamente experimentar a glória da minha natureza e a pureza

da minha alma. Fiquei despido de tudo, para isso. Os contatos terrenos

passaram de precários a nada.

Os laços de sangue se mostraram enganosos. Então nu de todo, diante

de Deus,

eu pude perceber que só há verdadeira união entre os iguais.

Somente os que amam podem compreender os tesouros da sabedoria

Jedi. Somente a inocência e a passividade podem abrir as portas

da sabedoria da galáxia e da verdadeira força.

Para entrar nessa comunhão, antes de tudo, é preciso obediência

e amor a Deus. Deixemos a rebeldia e os questionamentos para satã

e seus irmãos. Existe um roteiro simples para voltar ao céu.

Melhor ainda: existe um caminho breve para o encontro

e a visão da força.

Pretendo deixar escrito os sinais que me serviram,

além de uns códigos simples de disciplina.

Simples, mas indispensáveis. Preguiçosos, inconstantes, débeis,

indiferentes e pérfidos de coração jamais entrarão no reino.

A força pertence a Deus e aos que o amam.





A força dos Cavaleiros se apoiam em quatro pilares: entrega, atenção, compaixão e disciplina. Antes de mais nada, os Jedi

são submissos a força, devotos. Praticam a morte do ego e forjam uma nova personalidade através de uma cultura

da guerra interior, controle da vontade, educação da emoção. Um Cavaleiro não pode ter os vícios banais dos homens

comuns, digo vicios morais, tais como falas fúteis, procastinação em assuntos relevantes e que envolvam outras almas,

covardia, vingança, ódio. Tais coisas os Jedis angélicos (os que estão no polo positivo, na luz) matam em si, uma vez que o objetivo não são górias terrestres mais a iluminação e a comunhão com o criador. Para tanto, prestam serviços voluntários, dedicam certo tempo a orar pelos outros, mentalizam pela paz universal. Os cavaleiros se hamornizam completamente com]a imparcialidade solar. O lema é: coração puro e mente serena. Os cavaleiros colocam a frente dos seus o interesse alheio, quando isso não lhes causam danos materiais ou morais.





O segundo Pilar da força refere-se a atenção. Os cavaleiros são atentos ao momento presente, ao qual desfrutam com a máxima concentração possível. Para o guerreiro, a arte da guerra é sua vida cotidiana. E a atenção é fundamental para não perder-se em emoções inúteis nem deixar escapar o ensinamento do dia. Os cabalistas dizem que todos os dias devemos tentar obter

algum aprendizado, que esse é o objetivo com o qual acordamos todas as manhãs; o universo é cheio de códigos, mensagens,

metáforas, poesia, uma verdadeira obra de arte da força, a qual não pode ser apreciada por uma mente desatenta e despreparada. Os cavaleiros treinam a vontade e a atenção em todas as circunstâncias. Não há detalhe pequeno

que lhes tiram do objetivo final, que é fundir-se com a luz e tornar-se um com a força.



O terceiro Pilar da força é a compaixão. O Jedi sabe que a humanidade, devido ao estado de obscurecimento mental e espiritual

vive nas trevas da ignorância e do sofrimento. O cavaleiro usa seus dons, sempre que possível na vida cotidiana, para trazer luz e alivío

aos problemas materiais e espirituais dos humanos. De nada valeria se eles guardassem apenas para si seus dons, sejam eles

dons combate, de benção ou de cura. Os cavaleiros se exercitam em praticar boas ações de modo voluntário e deliberado, fazendo com isso com que o bem torne-se para eles uma segunda natureza. Se fossemos falar em termos de religiões, poderiamos

dizer que um Jedi é um Buda, devido a sua clareza mental, compaixão e alcance ilimitado de conhecimento atemporal.

Os cavaleiros, após disciplinarem-se, vivem no estado iluminado.



E por fim, o quarto Pilar da força, a disciplina, sem a qual a força se desintregaria e se dispersaria. Essa disciplina

é basicamente a educação da emoção para aquilo que é benévolo e iluminado; a seletividade; a meditação; a oração diária.

O Jedi permanece sempre no foco de transcender limitações e debilidades de caráter. Trava contra seu ego uma batalha, onde este aos poucos desaparece quase de todo. O cavaleiro faz da busca da sabedoria um credo. Pratica estudos sistemáticos e variados de psicologia, sociologia, metafísica, literatura, religiões comparadas, mitologia. Nada que seja humano lhe é estranho. Estudas e medita as leis fundamentais das quais não há doutrina que a força não penetre. Para o Jedi, a disciplina também é uma arte e aquilo que os homens repelem os Jedis praticam com prazer, pois sabem que é através do esforço em executar as tarefas mais desagradáveis que forja uma alma iluminada.



A PRESENÇA DIVINA



No livro sagrado está escrito : "O temor de Deus é o princípio

da sabedoria". Quantos seres humanos na terra vivem, de fato,

essa verdade? Ora, se estamos sempre, todos os dias, na presença

de Deus, se somos seus mensageiros na terra, podemos relaxar do

nosso compromisso? O que faremos de nossos dias? Que diremos

a nossos semelhantes? Um cavaleiro que busca a perfeição

como ideal deve considerar a vida um compromisso com a Presença

Divina. Deve contar com essa presença. Deve mesmo buscar o diálogo

com ela. Deve senti-la amorosamente. Deve invocá-la quando

necessário. Com o treino e a entrega de entender a Presença,

ela se manifesta ao Cavaleiro de forma branda e luminosa,

Como se a Virgem Celeste alisasse seus cabelos.

Honrar a presença divina com atenção e reverência

é o primeiro degrau da força.



Vivência:



Contemple o mundo como se fosse a primeira vez. Não pense. Apenas

contemple. Cèu, estrelas, árvores, pessoas, asfalto, cascas de bananas,

letreiros luminosos, pessoas, abelhas. Contemple tudo. Não pense.

Apenas contemple. Perceba como não há separatividade e como

são ligadas entre si todas as coisas, formando um misterioso

sentido. Não pensar, apenas contemplar sem julgamentos, é

a maneira mais rápida de sentir e entender a Divina Presença.



PRINCÍPIO DA ATENÇÃO





Todo Cavaleiro deve reverência ao Buda Eterno. Ter mesmo no lar ou

em si o sinal do mestre é já por si uma benção. Um Jedi não pode ter

uma mente dispersa. A atenção não

é pouca virtude e é das mais dificeis. Qualquer coisa distrai o tolo

e o fraco. Porém, aquele que quiser ser vitorioso e servo da força

deve praticar e treinar a atenção, que é um dos mandamentos do Buda

eterno. A mente do cavaleiro deve ser serva, não senhora.

Foco. Meta. Disciplina. Não se atinge grandes objetivos sem

perseverança. Contudo, a atenção precisa ser treinada. Um antigo

poeta dizia que o amador transforma-se na coisa amada. Dar atenção

as coisas é amá-las. É vê-las, verdadeiramente. Quantas coisas

e oportunidades não perdemos quando permitimos a dispersão.

Não é preciso pressa para aprender os princípios da Cavalaria.

O importante é os ir assimilando passo a passo, até que se tornem

uma segunda natureza. Atenção quando tiver ouvindo, com as duas orelhas.

Atenção quando estiver falando, palavra por palavra. Atenção quando

estiver vendo, objeto por objeto. Atenção quando estiver tocando,

cheirando, amando, vendo televisão, lendo, trabalhando,

fazendo xixi. Que Você e seus atos sejam integros, unos. Só

assim a paz e a sabedoria são possíveis.



Vivência:



Acenda uma vela. Apenas olhe a chama da vela, sem pensar. Faça isso

inicialmente por cinco minutos. Depois passe para dez. Repita

o mesmo procedimento mirando um Buda. A idéia é treinar a mente

para que ela se concentre em apenas um objeto por vez. Com o tempo

e a prática, você terá uma mente tão afiada quanto a espada de luz

do Luke Swalhauker.



CAVALEIRO JEDI, MENSAGEIRO DA LUZ



A filosofia da força não é nem pode ser seguida por todos, apenas

para os uscadores sinceros, amorosos e perseverantes. Um verdadeiro cavaleiro

é um mensageiro divino e tem compromisso com a qualidade da vida

e da excelência. Não se trata de privilégio, mas de mérito. A maioria

dos homens querem poder, mas não querem fazer o esforço correspondente.

Claro que na arte Jedi não é apenas a astúcia ou a razão que conta.

Muitas e muitas vezes teremos que contar

com a graça e a proteção Divina. Temos já, desde o primeiro passo

do caminho a noção de que a vida é sagrada, temos a atenção e agora

temos o dever de levar a mensagem e a luza adiante. Um Jedi deve ser

um farol na escuridão do mundo. Deve trazer de novo a luz para a

galáxia que atualmente vive em estado

de desorientação e esquecimento.



Vivência:



"Visualizae a si mesmo como um guerreiro. procure sentir

que na passagem pela vida você tem uma missão, um propósito,

uma estética. Pode brincar todos os dias se quiser com

seu personagem. O importante é que você saia do estado

de inconsciência em que vive a maioria das pessoas, que falam

e agem sem ponderar. Um Cavaleiro é responsável porque

a Presença Divina merece uma boa representação. Seja tão

sublime quanto as estrelas - suas irmãs - sempre que possa.







JEDI SERVO, NÃO SENHOR





Uma das prerrogativas de ser um Jedi é a de ser um servo da Força.

Um Cavaleiro não busca oprimir seus semelhantes, pois é livre

de paixões e apaixonado por sua própria disciplina. Aquilo que os

homens comuns chamam de dever é o prazer do Jedi.

tampouco escravizá-los.

Um verdadeiro cavaleiro nunca perde ocasião de ser gentil, de dizer

a melhor palavra, de proteger e apoiar os seres viventes.

Amigo dos homens, dos animais e dos seres alados, o Jedi busca

fazer da gentileza uma arte. Cultiva a estética do gesto. Pratica

a mente gentil, sempre.



Vivência:



Volte no tempo... Imagine Jesus Cristo, o Rei dos Reis, repartindo

os pães e os peixes para a multidão faminta. Veja Cristo, sinta-o

em todos os detalhes. Procure sentir a paisagem. Retorne. Agora

imagine-o, Senhor de todo poder, lavando os pés dos díscipulos.

Procure sentir o amor e a humildade do mestre. Introduza em sua

alma e mente essas duas grandes lições de compartilhamento

e humildade. Volte de tempos a tempos a essa prática,

não a subestime; ela pode trazer-lhe sempre paz, humildade

e equilibrio.



DA NATUREZA HUMANA



Todas as tradições da galáxia dizem textualmente que no início

dos tempos o mundo era bom e que o criador gerou o universo

para que os humanos compartilhassem de sua glória. Porém

os homens se corromperam e hoje a humanidade é uma espécie

decaída "A luz veio ao mundo, porém os homens amaram mais

as trevas que a luz". Um cavaleiro deve ser um gardião

do projeto divino original. O trabalho para quem vive

a experiência humana é a busca da purificação, da redenção

da espécie. Somente com amor e perdão a natureza humana

humana, se não for pela graça, pode ser redimida. Os homens

vivem na escuridão, enganados pelo véu da matéria, iludidos,

ignorantes de sua própria luz interior. Por isso, eles precisam

de profetas e pastores. Para recordarem da luz e trabalharem

suas almas. Um cavaleiro cultiva e incentiva o que há de melhor

na humanidade: solidariedade, cultura e bondade. Ao lidar com

os homens: prudência, amor e rigor.



Vivência



Contemple a verdade da vida humana. Perceba, visualize sua brevidade.

Sinta todo o sofrimento a que a humanidade está sujeita

na vida material. Sofrimento, doença e morte. Procure sentir

compaixão universal e trabalhar para minimizar o sofrimento humano.

Guardião da compaixão , um Jedi é.



OS ALIADOS DA CAVALARIA





Nós que buscamos contato com a força, que a vivemos e a honramos,

não devemos esquecer dos amigos de outros planos; amigos

espíritos, anjos de asas. Perto de nós eles vivem e susurram.

Guiam mesmo nossas vidas, vendo-nos do alto. Livres da matéria, eles

trabalham também no jardim divino. Neles, os espíritos puros,

devemos buscar orientação e conselhos. São eles que nos indicam

as chaves da porta do céu. Não estamos sós na terra. Nunca estivemos.

Basta fazer silêncio e aguardar que logo sentimos abrir-se

sobre nós as asas de nossos amigos do passado, do futuro e de sempre.

Tempo e espaço não os separam de nós.



Vivência.



Separe um tempo para conversar com seu anjo da guarda ou espírito

protetor. Silencie. Sinta-o. Procure imaginar como ele seria.

Fale com ele. Das coisas sérias, das coisas banais. Dentro do amor,

tudo é grandioso. Lembre-se. Pequeno ou grande são apenas

conceitos. Tenha sempre consciência durante o seu viver

de seu anjo. Pense nele, sempre que possível. Faça de seu anjo

o maior de seus confidentes e seu conselheiro e guia ele será.



UM CAVALEIRO É COMPROMETIDO



Há uma diferença muito grande entre a vida de um Jedi e a dos

não iniciados. Para os Jedis, existe um plamo da força no universo.

Não há aleatório. Por isso, os cavaleiros vivem em treinamento

constante do corpo e da mente,

além de sentirem muito a Divina Presença. Um Cavaleiro sabe

que falar, pensar e agir é criar, então ele usa sua força

positivamente pois é devoto brando de todos os cultos, uma vez

que o princípio da força vale para toda galáxia. Por ser a vida

uma missão profética para o Jedi, ele a vive com intensidade

e sabedoria, buscando sempre a benção, a luz e a vitória, para

si e para os demais. A fé do cavaleiro é ativa e entusiasta.



PRATICANDO A SELETIVIDADE



Um dos componentes da força e um dos maiores poderes Jedis está

no foco e na seletividade. Atualmente, o lado obscuro ocupa

praticamente todo o espaço do mundo visível. A mídia em geral,

o noticiário, as artes, tudo parece está irrevogavelmente

contaminado. Os cavaleiros, porém, optam sempre pela porta estreita.

Selecionam pessoas, pensamentos, eventos. Para ser abençoado e guiado

pela força é preciso ser seletivo, disciplinado e fazer sempre

a melhor escolha ética e estética.



Vivência.



Feche os olhos. Comece a escolher e selecionar seus pensamentos.

Agora começe a selecionar as melhores imagens. Vá em pensamento

ao seu lugar preferido. Imagine-se com a melhor de suas roupas.

Com o tempo de prática, institivamente você estará rejeitando

tudo que for negativo, nada do que derrote sua energia estará

entrando no seu sistema.





AS ENTIDADES SUPERIORES E ANJOS



Todo cavaleiro sabe que o universo é povoado por

entidades imateriais

de vários tipos e por anjos. Como guardião da luz e da justiça,

um Jedi sempre procura estar alinhado com esses seres alados,

que se comunicam através de canais como a intuição. Para tanto,

é preciso que a vibração do Cavaleiro esteja sadia através

das preces e da disciplina amorosa.

Um Jedi é guardião da humanidade contra as forças das trevas.



Vivência.



Imagine que VC é um anjo (Tire toda uma manhã para a prática).

Procure emitir pensamentos amorosos e silenciosos aos seres humanos

que cruzarem seu caminho. Durante a manhã que durar sua pratica, fale

apenas coisas positivas e abençoadas. Elogie. Imagine que possuas

asas, visualize-as em suas costas. Enfim, brinque de anjo.

Literalmente.



ELIMINANDO O EGO







O primeiro movimento a ser feito para quem quer melhorar seu padrão de vida e alcançar uma



harmonia verdadeira, entrando no fluxo da força, é a eliminação do ego. Quem não se liberta



do ego é escravo de si mesmo. O ego só quer para si, só visa seus interesses, é ciumento,



violento, superficial, preguiçoso, instável. Um Cavaleiro deve educar suas emoções. Quando



o Messias disse: " Quem quiser me seguir, negue a si mesmo, pegue sua cruz e siga-me, ele



quis dizer para abandonar o "si mesmo", ou seja, o ego. A melhor maneira de saber em que



estágio nos encontramos no caminho da iluminação é fazer o inventário de seus próprios



interesses e sentimentos. Se neles não estiver incluso o bem das outras pessoas ou a



melhora do mundo, está claro que te encontras ainda na escuridão. Somente quando o



altruismo e a compaixão são despertados, começa a vida verdadeira. Em termos humanos é o



que todas as tradições ensinam: a fraternidade universal. Então, se observarmos que o que



vestimos, muito de nossos alimentos e do progresso de nossa vida depende dos outros e que



vivemos numa interdependência, justo e sabio é que se leve em conta o interesse dos demais.

o outro somos nós mesmos. Educar as emoções tem a ver com matar o ego predador que todo ser



humano carrega dentro de si. A vida só é vida quando compartilhada. Quem abandona os



excessivos desejos pessoais e vive em amorosa disponibilidade para seu próximo é livre.



Vivência:



Procure no cotidiano praticar a gentileza. Deixe , por exemplo, que entrem na sua frente

nos meios de transporte coletivos. Separe um valor em dinheiro mensalmente e distribua

onde ele possa ser útil e abençoar outras vidas. Tire um tempo para orar pelo bem de



terceiros e não apenas dos seus. Esses pequenos atos tornam-se poderosos com o tempo.

Como diz a sabedoria oracular: "Da pequena nuvem vem a grande chuva".







 







VÊNUS

 

O que podem esperar duas pessoas grisalhas? Penso isso ao lembrar de Vênus, que se estiver viva, deve estar com sessenta anos. Nunca um pai deu um nome tão certo a uma filha

quanto Vênus. Saindo do Obervatório  Nacional do Rio de Janeiro, eu a vi

chorando na amurada. Era uma lágrima discreta, silenciosa.

Clara com seus vinte anos, os cabelos castanhos claros, encaracolados,


deliciosamente branca, os olhos nos confundindo

se eram castanhos, se verdes.







Olhou-me, com os olhos expressivos, muito expressivos, fez-me um gesto

com as mãos que não ouvia, nem falava.

Fiquei com isso, sensibilizado.

Ela pegou na bolsa um bloco e uma caneta azul, estendendo-me.

Então começo nossa comunicação por escrito.


Eu escrevia "qual seu nome" e ela respondia "Vênus Polidoro".











Por um instante, fiquei atônito, depois exclamei:

-- Que porra é essa, Vênus?

 

Ela me olhava com os olhos cheios dágua, e dei-me novamente conta que ela era surda, embora entendesse

que ela leu minha expressão por inteiro. Era estranho, ela tinha o poder

de ser uma coisa minha, dentro de mim, ao mesmo tempo que fora, e isso


me deixava louco; eu queria a fusão total, completa; na verdade, o amor dela

era para mim a única coisa indispensável e agora eu iria perdê-la.



Ela me olhava como se seus olhos me pedissem perdão e tudo aquilo era muito doloroso.

Ela abraçou-me, beijou-me no rosto e me deu adeus, com as mãos.


Eu sofria ali, mais ainda havia em mim um resto de filósofo e aceitei que ela se fosse, sem brigar, sem lutar.


Afinal, era apenas uma menina surda-muda, que ia embora da cidade e da minha vida.


Isso iria acontecer uma hora, não é mesmo?



 



 








 


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