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VIVA EL MEXICO
Brasília recebeu o México de presente, nesta noite memorável de terça - feira. 24 de setembro, que ficará marcada para sempre, no coração de todos.
Os dançarinos estiveram impecáveis, na cidade primaveril, linda e juvenil , como juvenis foram os meninos e meninas que trouxeram do México a alegria febril, forte e faceira, terna e sublime.
As danças "calientes,, as cantigas romànticas, o festival de cores, com o vermelho e o verde dominando o cenário, os espectadores tomados da mesma alegria, transformaram o teatro num pedacinho do México em terras longínquas desta abençoada canãa!
E povos daqui e de lá se entrelaçaram e se abraçaram, envolvidos pela mesma linguagem.
Oaxaca, mandou para o mundo seus jovens embaixadores, que, com graça e formosura, engalanaram o palco, pequeno, para tanto êxtase, numa significativa homenagem a esta cidade que começa ter vida própria.
E qual
Menina sapeca
Que me tira o sono!
Me faz esquecer
Da amargura,
Com tanta doçura...
Menina sapeca,
Qual u´a boneca
Mimosa e faceira,
Feliz passageira,
De meu coração.
Menina sapeca,
Alegre e valente,
Me deixa contente,
Com tanta emoção!
Assim é o México que eu vi! Assim é o México que me fez vibrar! Assim é o México que eu vi dançar!
Assim é Brasília dos meus sonhos. Assim é Brasília da juventude. Assim é Brasília dos verdes anos de ternura.
A cidade começa a esquecer que ainda é muito criança, porque sua juventude é alegre e recebe de braços abertos a também juventude alegre de Oaxaca.
E, assim, pudemos, pelo menos, por uma noite, olvidar a violência do trànsito, a violência urbana, a violência dos homens, a violência das multidões e nos aquecer nos embalos da boa música e da varonil dança " de varios puebloss zapotecos y mixtecos de Valles Centrales, que representa la gesta de la Conquista", com a dança da pluma, com a dança das flores, com o baile das pinas e da Costa.
Os sons são realmente admiráveis. O sapateado lembra a Espanha, mas a civilização azteca está presente em todos os momentos.
O harmónico conjunto destaca-se por sua plasticidade e beleza celestial.
Oxalá, todos os povos mandassem para o mundo seus embaixadores da cultura!
Oxalá, todas as noites pudessem ser povoadas de música, de dança e de povos sorrindo e se dando as mãos.
Leon Frejda Szklarowsky
Histórico e Diretor do Instituto Geográfico do Distrito Federal
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