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| Poesias-->O Tempo é Mentira -- 28/04/2007 - 23:39 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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O Tempo é Mentira
A imensa asa do Tempo inventado,
na sua carícia de mãe impiedosa,
arranca as esperanças do infinito...
Como lenço de seda que abençoa
parece se estender pela cidade.
Encosta-se : metropolitanos objetos
que lambe por cima como em sonho...
Aprofunda encanamentos e relíquias,
estátuas e vinhetas de néon, e dor...
A dor é das pessoas. Irmãs assustadas,
a alma da cidade e essa gente toda
agradecem a existência do finito...
Parentesco inevitável ! Amarradas,
executam terminais finalidades:
almas loucas e sensatas que trabalham,
e a cidade que recolhe os frutos podres.
A cidade que sucumbe às negociatas,
entre empresas que produzem.; e as que matam.
Inventamos o limite dos minutos
Como um deus que nos esconde o eterno agora.
Só assim suportaremos a existência!
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