Soneto XXIV
Tere Penhabe
Teu recanto... meu recanto... que encanto!
Empresta-me os passarinhos, suas canções
minha praia precisa deles, das suas feições
precisa também da paz, desse teu manto.
Minh alma, bordada de versos, não sonha
quem me dera eu pudesse, voar com os anjos
fugiram-me da vida, todos os arcanjos
o que sobrou, uma ilusão torta, bisonha.
No alto da paineira, ficou o passado
meio sem sentido, triste, cabisbaixo
mas ciente que seguir em frente é certo.
A velha gaivota... esta eu a conheço
caminhamos juntas pela praia deserta
pelo estuário, ambas temos apreço.
Santos, 08.04.2007
www.amoremversoeprosa.com
OBS: inspiração advinda do poema "Meu Recanto",
de Volnei Braga, no foro:
http://www.poesiauniversal.com/viewtopic.php?p=3288&highlight= 3288
|