Nadando
Sei que tudo passa,
Mas não há o que faça,
Pra me acostumar com a farsa
Que para muitos é de graça.
São quatro e meia e não durmo.
E mesmo estando no rumo,
Às vezes entorto meu prumo,
Pois quanto mais mexo, menos arrumo.
Tenho problemas diferentes
E pra todas soluções eloqüentes,
Mas como estão todos freqüentes,
Não dá pra agir em todas as frentes.
Lembro de você toda hora
E te dou razão mais que outrora.
Queria que você me dissesse-se agora
O que faço com mais essa aurora.
Tento escutar uma resposta,
Mas o silêncio me cala como aposta
E ainda que minha voz não seja imposta,
Confio que com você chego à costa.
19/04/07
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