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Contos-->Matutos -- 26/05/2006 - 23:45 (wagner araujo da silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Matutos – 26.Maio.2006 – 23:28

Dois matutos andavam mascando seu capim pela picada quando um deles perguntou:
- Vamos ao mato Onofre?
- Que é isso, Belarmino. Padre Adílio me excomunga
- Vamos ver os passarinhos...
- Ah, bão. Que susto ocê me deu. Vamu... Ispera só um pouquinho.
- Vai onde? Já viu os passarinhos?
- Ispera um pouco que eu vou fazer uma sessão de descarrego ali atrás da moita e já vorto.
- Vorta logo.
- Tá oiando o quê? Deu pra baitolá agora? Vai se aliviar com a jumentinha do nhô Nicolau...
- Num tô oiando nada...
- Por que cê tá com o chapéu enfiado na cara?
- Pela hóstia, Onofre, o que a cumadre deu procê comer? Parece que apodreceu de dentro pra fora.
- Acho que deu uma fermentada, Belarmino. Tô sentindo uma reviravorta no estombo.... um baruio esquisito nas entranhas.....
- Acaba logo com essa porquera e vamu caça rola...
- Cumpadre, tô te estranhando mesmo....
- Pomba Rolinha seu tontão. Vamos caçar algumas pra comer.
- Ah, bão. Empresta o lenço?
- Tá gripado também?
- Não, pra limpar o raiado.
- Limpar o quê?
- O raiado, o rugoso, o sol da meia noite, cumpadre.
- Seu apostemado, use a meia. Magina, usar meu lenço de saco de farinha.
- Regulado. Egoísta.
- Vai logo que tá juntando musquito verde, isso dá beronha.
- Tá bão. Já acabei.
- Acho que matou tudo os passarinho.
- Matou ninguém, não. Óia só um bem-te-vi. Sabia que só bem-te-vi e helicóptio param no ar?
- Heli-o-quê?
- Helicóptio. Aquele passarão redondo que passa aqui de vez em quando fazendo um baruião.
- Tenho medo daquele bicho, Onofre.
- Eu também, Belarmino. Prefiro aquele curió.
- Canta bunito, né?
- Ô!
- Só perde pros canário.
- Gosto mais do canto do pintassilgo.
- E pensar que tem gente que prende os bichinhos, né?
- É, mais dia, menos dia e a natureza se revorta.
- Como aconteceu em Sum Paulo, né? Com aqueles bichos presos que se revortaram.
- Aquilo é tudo bandido, Belarmino. São animar da pior espécie. Merece ficar tudo preso. Diferente dos pássaro, que nunca fazem mar a ninguém.
- Isso é.
- Vamu vortá cumpadre?
- Já?
- Fiquei cum medo.
- De cobra?
- Não, dos bicho de Sum Paulo.
- Num tem perigo, Onofre. Tá tudo longe di nóis.
- Eles, sim. Mas a mardade arcança todo lugar.
- Será que num teremos paz em lugar algum?
- Sim, com PCC.
- Num são aqueles coisa ruim?
- Não. PCC de verdade é Paz Com Cristo.
- Esse é meu amigo Onofre...




Wagner -
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