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Poesias-->O SILÊNCIO DO CENÁCULO -- 07/04/2007 - 15:15 (FRASSINO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Depois daquela Ceia, os amigos

que estivemos ali naquela festa,

resolvemos ficar pr’ além da hora.

Uns levarão os restos aos mendigos,

outros farão a limpeza que se apresta

e que tudo se faça sem demora.



O Mestre já saíra antes da noite

e fora com os onze para o horto

para ali contemplarem as estrelas.

E nós, com nosso corpo feito açoite,

num estado de alerta meio torto

deixámo-nos dormir junto às janelas.



Cenáculo era o nome da Vivenda

doação que Arimateia com certeza

para os actos do Mestre obtivera.

Ali dormimos todos sem comenda,

seguros e de graça com justeza

e assim valeu a pena a nossa espera.



Acordámos na alta madrugada,

na porta mil pancadas com fragor,

chamando em altos brados por alguém.

Tiago e Mateus duma assentada

deram a triste nova com terror:

Jesus foi preso em Jerusalém!



Com estes dois, correndo, outros chegaram

vindo dar a notícia aos familiares

que logo s’ abraçaram já sem fala.

Nascida a aurora todos sossegaram

e juntos a Sua Mãe, deixando os lares,

saíram com temor em grande escala.



Sobre o Cenáculo caiu o drama,

à forte luz cerraram-se as janelas

e o gonzo daquela porta emudeceu.

A Mãe da Soledade já derrama

as suas lágrimas pelas vielas

e até o triste Judas ensandeceu...





Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA
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