Do Brasil... Sem arcano
Quando chega o verão
Não há um só ser humano
Que não fique com tesão
Todos vão prá reinação
Com a carne bem inchada
E cada qual é fodilhão
Às vezes sem foder nada
É uma terra danada
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo fode
E o mundo é todo fodido
Nem um só arrependido
Ou sequer dois aflitos
Dáo a queixa de fodido
À polícia dos penicos
Fodem moscas e mosquitos
Fode até o escorpião
Fodem pulgas nos cabritos
E a empregada com patrão
Nunca falta o tesão
Ao bico dos próprios melros
E pasme-se o gavião
Fode a rola entre cedros
Os brancos fodem os negros
Mesmo sem consentimento
E não há sequer segredo
Por tanto enrabamento
O soldado e o sargento
O aspirante temente
O cabo que é lazarento
Tudo fode minha gente
General fode Tenente
Coronel fode Capitão
E até o presidente
Lá vai fodendo a nação
Tudo fode em mundo cão
Num capricho derradeiro
E o danado do sacristão
Fode o padre no traseiro
E pelo mundo inteiro
Vem a natura dizer
Que nesta vida primeiro
O que é preciso é foder
E você que me vai ler
Se acaso lhe convém
Senão tiver que fazer
Aproveite e foda também!...
De autor de desconhecido em parceria com
Torre da Guia à risota com o Günther