Do Querido Amigo POETA RENATO COSTA:
ARREPENDIMENTO
Como se fora uma árvore
que brotasse inesperadamente
de dentro de mim,
surgiram contos:
alguns, até sem nexo.
Verdadeira ficção:
Poemas, poemetos de pé quadrado.
sem rimas, sem metas,
mas, que deixavam vir à tona.
aquilo que por vezes guardei escondido
bem lá no fundo do meu coração.
Quantos eu destruí arrancando
folha por folha, e como castigo,
vejo agora apenas galhos secos,
retorcidos, sem nenhuma folha.
Procuro-as inutilmente pelo chão
úmido pelas lágrimas
do meu arrependimento.
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