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Cronicas-->A DANÇA DOS SIRIS E CARAMUJOS -- 23/05/2004 - 23:17 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Somos fugitivos de nossas próprias vidas. Fugimos porque não queremos estar presos.Fugimos de um futuro próximo que imaginamos ser a nossa realidade.
Nossa fuga significa a recusa a repetir uma experiência negativa pela qual passamos.
Nossa fuga indica a certeza que temos de um fracasso vindouro. Fracasso que nos levara à prisão novamente.
Nossa fuga leva-nos a tentativas de encontrar a liberdade. E assim encerrar a necessidade de fugir.
A busca pela liberdade é ansiosa e frequente. Chega a ser desesperadora. A busca pela liberdade repele nossa vivencia presente. Nós fugimos do momento presente, porque acreditamos que nele erraremos novamente.
Andamos de lado e nos escondemos do que se apresenta como momento presente. Saímos de fininho das situações a enfrentar. Recolhemo-nos em nossos casulos, preferindo fugir para dentro de nós mesmos. Descobrimos o segredo de caminhar através de nossa lateralidade. Sem enfrentar. Sem encarar o que vem pela frente. Sem poder ver o que ficou para trás. Afinal estamos de lado. Estamos ao lado de nosso próprio momento presente, correndo na via local enquanto a vida corre pela via expressa.
Vivemos no medo de errar. Vivemos no medo de repetir erros passados ou de incorrer em erros indesejados por nós mesmos.
Assim acreditamos que é melhor viver julgando e analisando os erros alheios. Julgando os atos daqueles que vivem pela frente, enquanto nós estamos escondidos em nossos casulos ou andando de lado.
Perdemos a oportunidade de enxergar que todos os seres humanos, inclusive os que vivem de frente, enfrentam problemas. Só que estes tem a sorte e a chance de buscar uma solução e crescer em suas vidas. Porque se permitiram encarar a realidade e o momento presente tal qual ele é. Na velocidade que ele se apresenta. E não naquela que pensamos ser a ideal para vive-lo. Sem risco de errar.
O medo de incorrer no erro leva-nos aos nossos casulos. Aprisiona-nos e diminui nossas chances de sentirmo-nos livres.
O medo de errar exige que estejamos fugindo de nós mesmos o tempo todo. Exige que fujamos porque em nossas vidas é impossível conviver sem um certo risco.
No momento em que entendemos que somos iguais a todos, e que todos tropeçam da mesma maneira que nós, mas que os mais corajosos são os que se levantam e continuam, veremos que podemos estar entre os mais corajosos. Porque para ter esta coragem basta usar o que a natureza sabiamente nos proporcionou:
Duas pernas que nos levam para frente e dois olhos que garantem nossa visão. Que nos dão total condição de andar para frente e sair do casulo. Porque só progride quem anda pra frente e olha pra frente.
Porque só progride quem entende que a natureza denotou aos siris e aos caramujos a exclusividade de andar de lado e se esconder em seus casulos respectivamente. E que se pensarmos que estas características são próprias deles, para garantir suas vidas, entenderemos que para vivermos sem medos basta usarmos os dons naturais que Deus nos concedeu.
E para aproveitar a vida é suficiente admirar a beleza dos siris e dos caramujos. Porque podemos extrair lições olhando seus movimentos. E adequar o que está a frente de nossos olhos ao momento presente em que vivemos.
Perceberemos que o rumo de nossas vidas depende totalmente da direção que tomamos e que importància atribuiremos ao espetáculo que é a nossa vida. Podemos começar a valorizar este espetáculo pensando quão espetacular é a dança dos siris e caramujos em seus plenos movimentos.
Perceberemos que como eles, nossos movimentos também podem ser os mais plenos possíveis. A plenitude dos movimentos é a conquista de nossa liberdade e a abdicação total a nossa necessidade de fugir.


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