O homem é o único ser pensante por nós conhecido até hoje que interage com a natureza.
Ele é o único ser pensante que insiste nos mesmos erros. Por mais que a receita tenha mostrado-se os piores resultados.
Os prejuízos já causados através da interferência humana no ecossistema são de assustar.
Prejuízos esses que no meu entender são frutos de humanos que não pensam. Ou pensam tão curto que não sabem que toda ação tem sua reação.
Quando se desmata sem limites, facilita-se a propagação de incêndios, tão comuns em épocas quentes. Dificulta-se a reprodução de espécies animais. E no fim tudo esta correlacionado. Porque o fogo pode matar animais, que não se reproduzirão, em breve estarão extintos, e assim por diante.
A origem disto tudo: homens que agiram impensadamente.
Agiram pensando em beneficio próprio. Na riqueza que obteriam com a madeira das árvores.
Riqueza. Vender a madeira e fazer dinheiro. Mas o que está envolto e relaciona-se com a natureza, como os animais, a água, as queimadas primeiramente e secundariamente a sobrevivência humana, não vem ao caso. Interessa a eles a sua própria sobrevivência. Afinal, com a venda da madeira pensam em ficar ricos.
Enriquecer então é agir impensadamente? NÃO. Mas há formas corretas e incorretas de faze-lo. Roubar é uma das incorretas. Assaltar também. Mas quem garante que estes homens não estão roubando?
Roubam em primeira instancia as arvores. Retiram alimento de animais, moradia de outros. Podemos pensar que eles retiram parte do equilíbrio necessário entre natureza e vida. Tudo fica desbalanceado. Menos natureza, menos vida.
O destino desta madeira, assim como o destino de animais raros de florestas que são domesticados, exportados para outros paises não é o caso.
O fato é que somos obrigados a coexistir com indivíduos que tem instinto selvagem. Selvageria em prol do enriquecimento.
O ato de apenas extrair e não devolver para a sociedade ou para a própria natureza nada em troca é ainda pior. É como se apenas trabalhássemos vinte e quatro horas sem salário, sem direito a descanso, sem reconhecimento.
A natureza não reclama porque não sabe falar. Seres humanos se revoltam, fazem greves, etc. quando se sentem abusados. Mas a linguagem da natureza pode ser entendida por excesso de ciclones, nevascas, temperaturas altas, "buracos" na camada de ozónio, etc. É assim que entendemos a falta de balanceio entre natureza e vida. As consequências do excesso de selvageria dos seres humanos refletem-se em "eventos naturais selvagens" da própria natureza.
A verdade é que isto é feito lentamente. A madeira não é extraída toda de uma vez. Desmata aqui, desmata ali e lentamente a floresta fica pelada e os efeitos aparecem.
Mas quanto maior é o desmatamento, sem reflorestamento, maiores os efeitos. Tornam-se grandes ao ponto de perder o controle por completo.
Quando a sociedade perde o controle sobre as ações de seus próprios componentes vira o caos.
É caótico viver com pessoas que olham apenas para o cifrão de seu umbigo. Que não dão a mínima para o ambiente que se vive. Assim nasce a "diferença de classes morais". Aqueles que se preocupam com o bem estar da sociedade e procuram enriquecer de forma licita. Sem prejudicar. Há estes outros que desmatam e roubam o que de mais belo Deus nos deu. Mas se esquecem que isso um dia terminará. Porque a velocidade em que se desmata não é a mesma com que se refloresta. E as arvores novas levam anos para crescer. São como bebês recém nascidos. Que necessitam de carinho, atenção, respeito, afeto. Estes sentimentos nossos prezados cidadãos não tem a mínima condição de oferecer. Alguém que só vive em beneficio próprio e ainda retira da natureza o BENEFICIO que ela poderia oferecer aos outros não sabe o que é viver. Não sabe nada.E ainda pode estragar o que os outros tão arduamente lutaram para aprender.
Estes não sabem e nunca vão saber qual é o valor real da vida. Porque apenas destroem.
Certamente um dia o dinheiro que ganham destruindo a natureza também será destruido.
Porque eles destroem as próprias vidas.
