Soneto IX
Tere Penhabe
Eu traço diagonais, entre seres humanos
no ponto de encontro, pode cair o pano
na peça de mil atos, do meu anfiteatro
defendo com esmero, o meu papel tirano.
Tenho olhos de anjo, e luz de candelabro
enfeito a tua mesa, durmo no teu regaço
nem mesmo no espelho, do mais puro cristal
verias o exagero, do quanto eu sou banal.
Mas a tua vaidade, me serve de antemão
essa cumplicidade, farta meu coração
que poucos o conhecem, é de pedra-sabão.
O meu escapulário, engana até o papa
com isso vou servindo, taças da minha ira
será que me conheces...? Eu sou a vil mentira!
Santos, 28.03.2007
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