Usina de Letras
Usina de Letras
113 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50628)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->O ataque das cigarras -- 17/05/2004 - 09:16 (Érica) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um ataque de cigarras no leste dos Estados Unidos está previsto para este verão (americano). Serão bilhões - disse bilhões mesmo - de cigarras que vão emergir à flor da terra, se acasalarem e procriarem, daí o número desses insetos se multiplicar tanto.

Lembro de ter visto um grupo de cigarras, numa destas tardes de varanda, encostadinhas numa árvore. Entre elas havia um zum-zum que não saberia interpretar, mas me pareceu que estavam trocando informações. Uma dizia, olha, não encontrei nenhum inseticida em toda a área ; a outra retrucava, também não, mas como vamos justificar nosso ataque? ; a terceira interrompeu: ué, e quem é que precisa justificar ataque nosso? ; ao que uma quarta cigarra finalizou: precisamos expandir, precisamos procriar, precisamos nos multiplicar, precisamos finalmente reclamar o que é nosso: a terra!

Fiquei pasma com a manipulação que elas tão bem sabiam fazer. Planejavam um ataque à população e, mesmo sabendo que não tinham nenhuma justificativa plausível, ainda assim estavam se aprontando para atacar? Aos bilhões? Que cigarras mais descaradas...

E eu que gostava tanto delas.... me faziam dormir nas montanhas de Minas, o seu canto tão delicado. Agora, aos borbotões, aos milhões e bilhões, me deixarão acordada, pois do canto acalentador passarão à pura agressão auditiva e visual. Quem pode viver num mundo habitado por cigarras insolentes? Que se acham donas da terra? Que querem se procriar às custas da nossa paz e sossego?

E eu que não compro inseticida há muito anos! Nunca precisei. Mas deveria me ter prevenido. Nunca se sabe ... e, agora, às vésperas de um ataque fusilante de cigarras, estou sem nenhum preparo. A única coisa que vou poder fazer será limpar seus asquerosos detritos, suas cascas queimadas ao sol, seu arsenal de gosmas interiores.

Para quê, afinal? Dentro de 17 anos elas se armarão de novo.
------------------------
Érica Eye
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui