Compadre Fudêncio – A torneira estragada.
- Compadre Fundêncio como vai!
- Vou bem! Graças a Deus!
- Ontem eu vi o senhor na fila da casa lotérica?
- Fui fazer um joguinho?
- Quem sabe compadre o senhor fica rico?
- Rico, eu?
- O que, que o senhor vai fazer se ficar rico?
- Será que seu ficar rico dá para eu conhecer um shopping center?
- Claro, que dá, nem precisa ser rico pra conhecer um shopping.
- Não precisa o quê?
- Então, o compadre João Duro tá mentindo, pro mode que ele me falou, que um saquinho de pipoca custa oito reais, o filme custa quatorze reais, já pensou seu levar a minha dona e os meus fio, “tô no vidrinho”.
- E se a torneira do banheiro estraga comigo?
- Que torneira estraga como é que isso?
- O compadre me contou que ele estragou a torneira da pia do banheiro do shopping, mas ele saiu de fininho e deixou ela vazando.
- Mas, como foi isso?
- O doutor já foi no shopping?
- Claro!
- Ele me disse que lá tem umas torneiras esquisitas, que as pessoas aperta e ela não para de sair água, o compadre foi lavar as mãos e apertou a “cabeçinha” da torneira, depois, ele tentou fechar e quanto mais ele tentava fechar mais água saia.
- Ele ainda foi honesto, chamou o segurança e disse – vê se o senhor fecha aquela porcaria de torneira lá no banheiro, eu já tentei, mas nem “registro” aquela porcaria tem!
- O segurança começou a rir, o compadre ficou bravo saiu resmungando – Azar! Ta rindo! Então, chama o bombeiro eu no arrumo nada!
- Doutor me explica uma coisa, todo lugar tem fila pra gente mais “véia”?
- Pra idosos é isso que senhor quer dizer!
- Mais, eu não entendo uma coisa tem uns véios e umas véias cheio de “larga me deixa”, pinta os cabelos pra parece mais novo, mais quando vê uma fila no banco, na loteria, fura a fila e vira esse negócio que senhor falou “idoso”.
- Até manhã! Doutor fica com Deus.
- Vai com Deus! Compadre Fudêncio.
Autor: Marco Túlio de Souza
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