Respondendo ao companheiro Haroldo Barbosa
Pergunta: de nível um: Por que empresas financiam as campanhas, sendo que algumas delas não têm dinheiro para pagar em dia seus impostos? Resposta: Para que continuem sem pagar impostos garantindo, ainda, o poder de barganha para obter outras vantagens adicionais.
Perguntas de nível dois: Por que temos que esperar quatro anos para a saída de um presidente que não cumpre com suas promessas? Porque estamos no regime presidencialista. Se fosse no regime parlamentarista, poderíamos, a qualquer momento, destituir o presidente e seu gabinete. Mas o povo, infelizmente, foi convencido a votar contra no plebiscito a respeito. Podemos pensar no assunto de novo. A despeito de opiniões de certos juristas que acham não ser mais possível novo plebiscito.
Perguntas de nível três: Por que políticos faltosos, corruptos e até assassinos podem retornar ao poder? Porque são eles que fazem as leis. Precisamos realizar uma Reforma Política séria. Que ninguém teve, até agora, a coragem de realizar. Acabando com esse e outros privilégios indecentes. Mesmo caso do atual direito a pensão integral, que deveria ser melhor analisada. Mesmo caso do recesso parlamentar de três meses. E das faltas ao trabalho sem descontos. E da dupla remuneração quando são chamados para votar, em recesso, o que deveriam ter votado durante o curso normal da legislatura. Mesmo caso do horário eleitoral gratuito, que, no meu entendimento, deveria ser mais flexível, alternando espaços entre emissoras, para não tirar o direito de pessoas que não quisessem ouvir baboseiras. E o tempo deveria ser igual para todos os candidatos. Pois o horário objetiva uma nova eleição. E não poderia, a rigor, ter como base a representação de uma eleição anterior.
Perguntas de nível quatro: Por que existem leis feitas pelos parlamentares. Quem não atingir um por cento dos votos não precisa ser convidado para os debates. Temos que mudar esta lei e os parlamentares que pensam assim. Mesmo caso do patrimônio. Antes e depois das eleições. Há lei neste sentido. Mas , nesse caso, ninguém dá muita bola.
Por fim, caro Haroldo, em relação às desconfianças do sistema eletrônico de votos, deixo para que você, junto com alguma associação ou entidade de classe, apresente projeto-de-lei neste setido, ou seja, mostrando que o sistema pode ser falho e apontando algumas soluções para corrigi-lo. Mesmo caso para tornar o voto facultativo, e não continuar sendo um “direito” obrigatório, como é agora. Abraços. Domingos.
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