Embarcou Pinochet, nonagenário...
Foi-se o fantasma, sem deixar saudade...
O Chile agora, livre do sicário,
respirará melhor a liberdade...
Sua figura, de Videla páreo,
foi símbolo de um tempo de maldade,
embora títeres de um sanguinário
mentor, se diga em nome da verdade...
Ele se foi no dia dos direitos
humanos, do destino uma ironia,
como um sarcasmo em face dos seus feitos...
Mas sua ditadura, embora vil,
botou mais ordem – vê-se agora em dia –
no Chile do que a nossa no Brasil...
12/2006
Página 2006-250 de “O Poeta Eletrônico” |