Num dia carrancudo, vai-se o ano
com muito pouco a se comemorar...
Para salvar a Terra, não há plano,
o degelo dos pólos é palmar...
No Brasil, vê-se engano após engano,
o marasmo é total... Sem luminar,
o país segue sendo desumano,
crimes brutais não soem mais indignar...
Reeleição concedeu-se a um presidente
que pautou seu mandato pelo dolo
e não se espere outra conduta à frente...
Mas algo bom este ano ainda promete,
qual penso e digo à guiza de consolo:
será melhor do que dois mil e sete...
12/2006
Página 2006-240 de “O Poeta Eletrônico” |