Pela segunda vez, consecutivamente,
o presidente do Brasil é um vigarista
que a verdade distorce, ao povo ri e mente
e recebe os aplausos, como um grande artista...
Gato escaldado velho, este vate se sente,
em face deste quadro, que tem bem à vista,
na obrigação de ao seu leitor pedir que atente
a como dos absurdos vai crescendo a lista...
À frente do governo deixar que um homúnculo
siga, ao invés de pô-lo fora neste pleito,
terá sobre o país a força de um furúnculo
enorme, purulento, desagregador,
cuja assepsia, pelas forças do direito,
demandará uma guerra, com heroísmo e dor...
11/2006
Página 2006-224 de “O Poeta Eletrônico” |