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Contos-->Severino Foi Abduzido -- 12/04/2006 - 01:44 (wagner araujo da silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Severino Foi Abduzido – 08.Abril.2006 – 02:16

Severino passeava pela caatinga montado no lombo de seu jegue Ambrósio cantando folclóricas e típicas canções de seu maravilhoso Nordeste.
O som de Lia que morava na Ilha de Itamaracá ecoava pela estrelada e límpida noite quando subrepticiamente uma misteriosa luz iluminou seu caminho.
- Oxente, o sol saiu mais cedo?
Ao proferir tal pergunta a luz se intensificou e começou a puxar Severino e seu fiel jeguinho para cima.
- Arre égua! Ambrósio, deu pra voar agora?
O burrinho apenas zuniu sua ignorância perante o imponderável.
A luz cessou e um estampido metálico foi ouvido pela dupla terrena. O som não fora nada comparado ao grito que Severino deu ao ver os estranhos seres que intrigados para ele olhavam.
- Ai , valei-me Padim Ciço. Quem são esse magrelos zoiudos?
- Somos de outra galáxia e você está sendo abduzido. – respondeu um dos humanóides.
- Abduzido? Passo-lhe a peixeira no bucho seu filho de uma rapariga. Sou cabra-macho!!
- Vamos implantar um chip em seu pescoço para melhor estudá-lo!
- No meu cangote ninguém põe a mão! Só as quengas da Casa da Francismara. Seu esquálido da peste!! Vai engrossar? Sou primo de Lampião, conhece?
De nada adiantou Severino esbravejar e praguejar. Uma luz lilás encheu-lhe os olhos e aos poucos ele foi perdendo as forças e os sentidos viris que característicos lhe eram. Ambrósio pressentiu que algo não ia dar certo e apenas abaixou as orelhas, prendendo a respiração. Estupefato, viu seu dono ser suspenso por nada em pleno ar e carregado à uma espécie de maca.
Parcialmente consciente, Severino sentia e ouvia os cientistas do espaço mexendo em seu corpo e tecendo comentários sobre o primitivismo do corpo terráqueo.
- Vamos testar os orifícios de seu corpo, sugeriu um deles.
Severino gritou em desespero...
- Se me virarem de bruços eu mato todos!!!
- Não, vamos pesquisar a elasticidade da pele...
- Gradicido, Padim Ciço.
- Por que vocês não deixam o terráqueo em paz?
Ao ouvir uma voz diferente, com o canto dos olhos Severino viu uma belíssima e exótica representante do espaço. Baixinha, pernas roliças e seios avolumados. Severino gamou.
- Oxente, eitcha doninha boa! Melhor que isso só duas rapaduras!!
- Obrigada, meus irmãos lhe incomodam?
- Sim, me aperreiam mutcho.
- Pois vou fazer com que eles lhe devolvam já, já.
- Não podemos conversar em um lugar mais reservado antes, farinha do meu baião?
- Não force a barra, querido.
- Oxente, mulé se faz de difícil em todo o lugar...
- Fox e Mulder, devolvam já esse homem à Terra!!
- Mas Scully... nem terminamos os testes ainda.
- Eu disse já!
- Chatona.
E assim, do mesmo modo com quem foram levados à nave, devolvidos foram à caatinga. Combinaram, então, Ambrósio e Severino contar o fato um pouco modificado aos amigos. E lá estavam no dia seguinte, no bar do Ignácio, contando como Severino havia se atracado com a deliciosa extra-terrena na noite anterior. Severino tagarelando e Ambrósio zunindo para assentir.

Morais da estória:
1. Mulher manda em qualquer lugar.
2. Homem mente que é uma peste.


Wagner -
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