O MAR DE MONET
Sou como o mar de Monet, tão pequeno!
Calmo ou violento,
Não vou além dos rochedos,
Além do horizonte.
Mãos invisíveis prendem-me.
A liberdade é um sonho cercado por montanhas,
Barcos ou pessoas que não me deixam voar.
Sou como a gaivota estática,
O barco pintado em suas telas,
Ou o Sol que nunca se põe.
O meu grito é sufocado
Pelo eterno silêncio do óleo,
Sou talvez uma das velas
Dessas suas telas,
Mas a vela quer sair,
Andar por aí,
Navegar por altas ondas
Que me transportem ao céu,
Quero colher estrelas cadentes
Para uma jóia fazer
E dar de presente ao vento
Que o meu rosto vem lamber.
(Hull de La Fuente)
|