Ó GRACINHA DO RIBEIRO
Ó Gracinha graciosa,
florzinha auspiciosa
neste bonito terreiro,
aleluia benquista,
fosse assim a luz à vista
dos olhos do mundo inteiro...
Ó Gracinha do ribeiro
que mermura sorrateiro
a delícia de viver,
folião e saltitante
sonhando para jusante,
feliz e sempre a correr...
Ó Gracinha bem-querer
dos versos que por fazer
procuram musa e beleza,
eis-me neles mensageiro
e na velha nau gajeiro
da mãe-língua portuguesa.
António Torre da Guia
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