Vivi e continuo vivendo uma verdadeira experiência virtual. Jamais sonhei em tal situação. Conhecer uma pessoa pela internet e tentar seguir algo? Na minha cabeça isso sempre foi inconcebível! Mas por incrível que pareça, gostei, empolguei-me e fico mais feliz a cada dia.
Sempre pensei que virtualidade era um mundo distante. Brincadeira ou qualquer outra coisa. Entretanto a vida me pregou uma peça e comecei a traçar linhas que deixaram de ser virtuais, para se tornarem reais.
Daniel entrou na vida em busca de dicas profissionais. Pelo menos isso! Jornalista como eu, lá no site do Comunique-se, iniciou-se um chat atrás de uma oportunidade de trabalho. Sabia que era da área, nada de pessoas de "outro mundo", nelas eu não confio. E foi assim. Mercado de trabalho, condições de emprego, atualidade, depois as amenidades. A partir daí veio o "que é", "como é", "do que gosta", etc.
Ele veio devagar, mas tomou forma. E com uma voracidade que nunca imaginei acontecer comigo. Até cheguei a registrar uma objeção aqui, em texto antigo, com relação a namoros virtuais. Queria conhecê-lo de qualquer maneira, estar junto dele, sei lá. Na minha cabeça era uma sensação meio confusa, porque eu não o tinha visto a um palmo de distància do meu corpo e nem sentido suas carícias. Como que eu poderia estar interessada numa pessoa que só vi por foto? Parecia minha fase de adolescente em que idolatrava Dominó e Menudos.
Mas se uma pessoa deve cruzar seu caminho, de alguma forma ela aparecerá. E ele apareceu. E com certeza não sairá mais. Há oito meses ele é o ar que eu respiro, o sorriso constante de meus lábios, minha felicidade plena.
Eu abominava namoros virtuais; hoje, recomendo a tentativa. Sei que têm algumas pessoas que não tiveram a mesma sorte que eu, mas algumas poucas amigas também tiveram igual caminho que sigo. E posso dizer com a maior alegria do mundo que Daniel é minha vida, meu ser e minha paixão eterna.
Andrea Natali
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