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Cronicas-->INSTINTO MATERNO TEM BOA íNDOLE. -- 04/05/2004 - 14:51 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Minha filha de um ano e meio está na fase de falar:"manhê.......". Ela se prolonga no som, fala inúmeras vezes em seguida. Tudo para chamar a atenção. Ela quer a minha atenção. A de todos. Sabe que é pequenina.Também quer ser reconhecida entre os gigantes. E não ser esquecida. Jamais.
Quer ser vista com amor em meus olhos. E eu devo cultivar esse brilho em meus olhos para que ela possa sempre reconhecê-lo.
Mas filhos a gente jamais esquece. Ser mãe é um dos poucos privilégios que a vida dá somente às mulheres.A maternidade abre nossos corações. Mesmo que seja para rasgar nosso peito.De tão trancado que estava.
Talvez por isso que mulher tenha o coração mais aberto e mais sensível aos problemas sociais.
A primeira experiência de sentir nosso filho sob nossos peitos que se rasgaram de emoção é indescritível. A porta que estava fechada se abre, aparentemente pronta para recebermos este presente divino. Que mesmo nove meses dentro de nossos úteros, parecem se materializar somente no momento do parto.
Bate uma insegurança grande. Afinal, é tudo novo, não tem manual, não tem moleza. Nosso filho não está pronto, e nem nós.
Mas a gente sabe que nada nasce pronto. Tudo se aprende, se copia do filho mais velho, se ajeita. O que está pronto é nosso instinto maternal. Mesmo que não o sintamos, ele existe, e deve ainda estar guardado em algum lugar daquele coração que se rasgou.
Mas não devemos nos preocupar. A amamentação será suficiente para tirar lá do fundo do coração rasgado este instinto.Amamentar as vezes dói. O nenê puxa nossos seios, que aí acabam por dilacerar-se de vez. Não sobre uma fresta para que ele se mantenha fechado.
Abre-se peitos em shoppings, ruas, bancos, praças, etc. Mãe que tem instinto já não tem vergonha de exibir seus seios por uma nobre causa. O filhote.
Algumas criticam ,outras acham lindo. Mas a opinião alheia nada importa, se nós nos sentimos mães de verdade.
Aquelas mães, dentre elas eu, que não amamentaram ou não amamentam, são instintivas da mesma forma. Amamentam seus filhos, mesmo que seja através da mamadeira.Intermediaria. Mas estamos lá, presentes sempre que possível. Mesmo que só nosso coração, só uma foto nossa, nosso nome, etc. Algumas de nós rapidamente precisam voltar ao trabalho. Culpamo-nos. Mas a culpa não deveria existir.
Quando rasgamos nosso coração, que já não se cabia mais de alegria, jamais retrocederemos a ponto de fecha-lo totalmente de novo. Porque sempre haverá um sorriso de filho para compensar um problema. Mesmo que este problema seja momentaneamente nossos filhos, eles continuarão sorrindo, e nós sabemos, através de nosso instinto, que tudo se resolve.
Acontece que corações se rasgam e junto com as emoções vem outros sentimentos acumulados ao longo dos anos, como raiva, ódio, tristeza. Uma gravidez e um parto podem embaralhar-nos em relação ao que sentimos. O que é bom pode não parecer tão bom. Surge um rastro de algo ruim, lá de trás.
Certamente este rastro não é fruto da maternidade. De outras experiências, algumas sem identidade.
Além disso, filho não tem manual, não tem comando via sistema, e nós não somos perfeitas. Podemos transferir um pouquinho desta tristeza acumulada para eles, sim.Mas isso acontece não por nossa vontade, mas devido às contingências da vida.
Nosso desejo é sempre conseguirmos o melhor para nós e para eles.
Queremos que nossos filhos não rasguem seus corações. Queremos o melhor para eles. Queremos como mães que eles não sofram.Que aprendam sem tomar porrada. Como mães de verdade, queremos que nossos filhos sejam felizes. Que nossos filhos muitas vezes encontrem a felicidade que ainda não encontramos. Porque nos culpamos pela magoa, tristeza, intolerància, etc, que em alguns momentos de nossas vidas os transmitimos indiretamente.
Sentimento negativo não é destruidor. O que destrói é não saber controlar e torna-lo agressão, violência, abuso sexual, e outros problemas que conhecemos. Mas não devemos generalizar, porque nem toda casa é assim. Porque a maternidade muda a gente. E nos faz pensar muitas e muitas vezes antes de dizer um "há" para magoar alguem. Porque não queremos que nossos filhos sejam magoados.
Infelizmente, há famílias em que não há dialogo. Onde não se pode perguntar, escolher, dar ao outro o beneficio da duvida, colocar-se no lugar de um filho ou de uma mãe e entender porque um comportamento não foi legal. E assim os corações se fecham. E quando não se demonstra através do coração, muitas vezes as mãos e os pés dão lugar, gerando violência. Não se sabe dialogar, só dar porrada. Porque não se aprendeu.
Nossos pequenos nascem puros, em minha opinião. Mães violentas precisam de tratamento. Não acredito que violência seja sua vontade. A negatividade tomou conta. Chegou ao ponto em que não há controle. E essas mães não aprenderam em sua infància o que é amor, carinho, afeto, e certamente não sabem como proteger seus filhos. E ensina-los, porque ela é quem precisa ser ensinada.
Afeto, amor e carinho a gente também pode aprender a dar. Por este motivo, se um filho nos der porrada, devemos reagir com firmeza, mas não esquecer que se queremos bondade, bondade devemos dar.Sempre. Isso se aprende.
Esforçarmo-nos em abrir nossos corações e enxergar que sempre é hora de fazer o bem.
Ter em mente que a natureza nos concedeu essa exclusividade. Dar a luz a nossos filhos, que certamente nos amam e nos querem bem.
A vida nos proporciona o privilegio e a exclusividade de ser mãe. Com consciência. De preferência com alguém que amamos e pretendemos viver por toda a vida. Exclusividade é bom, mas deve ser aproveitada corretamente e honestamente.
Com honestidade e responsabilidade em nossas atitudes, mais importante que tudo é viver. E ter o privilégio de ser mãe.
Não esquecer de que como mães, sempre haverá alguém olhando nossas atitudes. Outras mães que procuram exemplos, e que podem ser ajudadas de alguma forma através de nossos atos.


FELIZ DIA DAS MAES....
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