Ela nua é linda no cenário de nossas entregas onde tudo é cena desordenada, dentes, unhas, braços, corpos, tudo a postos num passe de mágica, ocupando os alqueires das querências multiplicadas nas tentações demandadas pelo desaguardouro de nossa luxúria prestes ao orgasmo desenfreado, de nossas incompletudes desmedidas nos ideais de sonhar.
Ela nua é linda quando me incendeia a entoar a canção anímica de que adoro ser mar a irisar amor, a flor lídima da paixão...
Quando vem cozinhando meus quereres em fogo alto, combustível da nossa inesgotável usina de desejos que empurra ao exercício que supera a desforra de nossas carícias pelas salivas misturadas que viram líquidos que se deságuam no paladar da boca que esfrega a pele e se apossa de toda redondeza movediça de nossa prontidão pelo prazer desordenado de nossas ânsias insatisfeitas...
Quando vem varrendo tudo com o vento dos nossos desejos incontroláveis na carga máxima de explosão até a nudez de sua pose de deusa com seus apetrechos de sedução que esborram pelos poros suportados a custo pela febre de querer embutida dentro do vestido que arranco a soltar seus cabelos, lábios, bocejos, alma...
A avistar o mirante da fera espreitada de indomáveis garras e golpes em polvorosa que se vergará ao meu domínio, pronta para ser seviciada pela vergasta do meu gozo pleno.