Usina de Letras
Usina de Letras
239 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->DESPEITO PELO DESFEITO -- 13/02/2016 - 18:18 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DESPEITO PELO DESFEITO

I

Mulher é uma flor
E o seu perfume
Provoca ciúme
Sinal de amor
Seja como for
Alegria e paz
Somente ela faz
Com muito carinho
Mas algum espinho
Ela sempre traz.

II

O homem mordaz
Provoca disputa
Porém vence a luta
Se for pertinaz
Na frente ou atrás
Está o inimigo
Há sempre perigo
De uma emboscada
Pois cobra criada
Nunca teve amigo.

III

Uma coisa eu digo
Pra quem não souber
Que toda mulher
Carrega consigo
Na boca ou no umbigo
A morte e a vida
Se ela for traída
Numa hora incerta
Com a boca aberta
Dá sua mordida.

IV

Homem que na vida
Não faz seu papel
Sobre um corcel
Numa desabrida
Buscando a querida
Que lhe deu a mão
Sem outra razão
Perdeu a corrida
E traz a ferida
No seu coração.

V

Não tenho feição
De um tipo assim
Que viu o seu fim
Logo de antemão
Sei que meu caixão
Não foi feito ainda
Tampouco está finda
A luta que travo
Nem sou um escravo
Que está na berlinda.

VI

Eu dou boa vinda
Até mesmo à morte,
Desde que a sorte
Me seja bem-vinda
E uma mulher linda
Faça-me dormir
Sonhar e sentir
Que morro de amor
Se em seus braços for
Para ressurgir.

VII

Quando eu quis ir
E seguir em frente
Buscar o presente
Sem chorar ou rir
Visando o porvir
Em um só segundo
O sol iracundo
Eis que me atrapalha
Sofri na batalha
Um golpe profundo.

VII

Fiquei furibundo
Mas não me vinguei
Confuso vaguei
Ao redor do mundo
Fui até o fundo
Da inquirição
E achei um tição
Queimando meu peito
Sonho foi desfeito
Restou ilusão.

VIII

A recordação
É triste pra mim
Lá no meu jardim
Flor não tem mais não
Só há solidão
E eu vivo nela
Pensando naquela
Que foi meu benzinho
Vou pelo caminho
Das trevas sem vela.

IX

Eu dei para ela
O pão e o vinho
Amor e carinho
Que eram só dela
Beijando a flor bela
Fui um passarinho
Só que um espinho
Estava escondido
E eu fui ferido
No meu próprio ninho.

X

Voando baixinho
Busquei nova flor
Tal qual um Condor
Ou um canarinho
Que a dor do espinho
Não chora e canta
Se algo me espanta
É o dito errado:
Colhe-se dobrado
O que não se planta.

XI

Uma mulher santa
Primeira que vi
Logo que nasci
Cobriu-me com manta
Sua dor foi tanta
Só hoje eu sei
Homem me tornei
Lutei e venci
E depois perdi
A mulher que amei.

Benedito Generoso da Costa


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Você deve citar a autoria de Benedito Generoso da Costa e sua página literária:http://www.usinadeletras.com.br/exibelotextoautor.php?user=GENEROSO). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui