Usina de Letras
Usina de Letras
173 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62187 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50587)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Heróis 4 De Julho & 7 De Setembro -- 18/02/2007 - 20:02 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952238325062800
Inexiste ideologia que justifique, via Ética, o assassinato e a dor



My Lay: "Heróis" de guerra atirando em mulheres e crianças



Condecorações pelos feitos da vergonha e da covardia



Símios sapiens polarizados pelo medo



Extraem a vida de recém-nascidos



As tensões impelindo-os a atirar contra tudo, contra todos



Pedaços de pele, músculos arrancados dos ossos



Pelo fogo cruzado. Inimigos pela síndrome do sangue



Almas sucateadas em corpos cheios de sondas



Paralisias do tronco para baixo



Cadeira de rodas para o resto das vidas



Fuzileiros lutando pelo direito dos ricos



Em defesa de suas propriedades



Numa cadeira de rodas de hospital



Enriquecerem o complexo industrial militar



Com ações armadas em alta na Bolsa de "Wall Street"



Homens de papel a 21 mil km dos Estados Unidos



Bolsa dos valores das pernas amputadas



A esperança transplantada do vômito



As pessoas perguntando: “Tudo bem, cara?”



Quando sabem que nada nunca poderá estar bem outra vez



Alguém conhecido diz: “Oi, mano, você está ótimo”



A intenção de amizade, a tonalidade farsa



Acredito na América, mas como crer morrer



Por dever e sacrifício cívicos?



Que importa quem vai vencer a guerra



Quem trará de volta a genitália do soldado



Quem o fará cantar e dançar ao som do rock e do blue?



Nada vai mudar esses sentimentos inúteis



Esse caminho sem volta



O matadouro experimental da companhia das armas



Coragem: uma palavra de verdade será sempre bem-vinda



É fácil fazer a guerra quando são os outros os que perdem as pernas



Que sensação: dançar e cantar numa cadeira de rodas



Em nome do patriotismo demente, carrasco



Estar vivo estando-se domesticado



Entre os eletrodomésticos e utensílios



“Não Matarás”: os mandamentos são uma mentira?



O Grande Arquiteto um embuste universal?



O soldado nem teve tempo de usar o maldito pênis



Ele ficou numa floresta da Ásia



Numa rua periférica do Haiti



Que fêmea amará o mutilado de guerra?



— Você já teve de matar bebês, crianças, idosos, grávidas?



As lápides todos os dias se multiplicam



O sudeste asiático é logo aqui na metrópole maravilha



Cidade de Deus da Guerra Civil Indeclarada



90 bilhões para socorrer bancos oficiais



Outro tanto para os amigos privados de FHC



CBS Telenotícias Brasil. Notícia globalizada



Essa política faz algum sentido?



Parece tarde para alimentar o espírito



Como diria Drummond:



“Pecados do mundo, como perdoá-los?”



O show dos mutilados desfila pelas cidades



No programa globalizado que faz a delícias



Das pessoas da sala de jantar dominical



Corpos mutilados e os cadáveres do Iraque



Fantasias escondem as tragédias da porta-bandeira



Sem-terra, sem-emprego, sem-teto, sem-escola, sem-saúde



Sem educação elementar. Que lhes resta



Senão o controle remoto



A novena familiar, a aflição institucional



As maravilhas do mundo globalizado!



A "emoção" (?) de mais um gol nos estádios



Derrotaram suas esperanças, roubaram seu futuro



Atrás das máscaras sambando, malamadas,



Desfilam fantasiadas na Sapucaí as porta-bandeiras



Os exterminadores do amanhã fazem ninhos



Por detrás das câmaras serpentes sorriem



Senhoras do Ibope da programação xuxalizada



Divertem-se comendo pipoca, bebendo guaraná



Vendo o tempo perdido passar ao som do samba



Na telinha globalizada da Marquês de Sapucaí

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui