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Cartas-->A Água e a Vida -- 02/08/2003 - 21:12 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A Água e a vida
(por Domingos Oliveira Medeiros)

A água que nasce, no meio da mata
Um pequeno filete, borbulha em gotas,
Na imensidão.
Escorre da serra, gigante altaneira, no silêncio da noite,
Na escuridão.
Infância de rios, lagos e cachoeiras,
Que crescerão.
E em breve, aos mares, crescidos, acorrerão.

Arrastando lembranças, amores em vão,
Histórias colhidas no meio rural,
Nas grandes cidades, em todos os cantos,
E na capital.
Pessoas, lugares, a vida, enfim,
No curso normal
Das águas correntes, do reino animal.
Mas o que seria a água, afinal?

A água é natural,
A água é mineral, e à vida é essencial.

Água potável, e de se beber.
De matar a sede de prazer.
A água dos rios, a água dos mares.
Água dos navegadores,
Água doce e água salgada.
Água dos descobridores.

Água dos que aqui chegaram,
Cansados, sujos e se molharam
E se lavaram.
Água do banho, água que molha as flores.
Água de mil odores. E mil sabores.
Água-de-Cheiro. Cheiro da gente.
Água que arde. Aguardente.

Águas passadas.
Não movem moinhos.
Águas de amores De canções lembradas.
Riscadas na areia da praia. Que foram apagadas.
Águas de março. De fim de verão.
De Jobim, daquela canção.
Água-de-coco. Água de férias. Águas de verão, enfim.
Águas de emoção,


Água que cura. Água que enobrece.
Água termal. Água tônica. Água oxigenada.
Água para compressa. Para limpeza.
Água quente e bem fervida.
Água em cima da mesa.
Água para aquela dor sofrida.
Água do chá que reanima.
De efusão de ervas coloridas.
Água imprópria. Águas poluídas.

Água limpa. Cristalina.
Água encanada.
Água sanitária. Água bem tratada.
Água de chuva.
O barulho no telhado.
Água de quem tem casa. Seu teto.
E não se molha.

Água que vem e vai embora.
Água para sorrir e água para quem chora.
A água do sol quente,
Que cai junto com a chuva.
E que dizem ser o casamento da viúva.
Que cai grossa e levanta a poeira.
Com o cheiro da terra. Água sem torneira.

Água de fé religiosa.
Água benta. Água sagrada.
Água em lágrimas. Água que chora.
De quem chora à toa. Água que magoa.
Água dos olhos rasos d’água.

São tantas as águas de se dizer.
Água que ensina. Que dá conselho.
Água mole em pedra dura.
A persistência que fura.

Água potável, água pura.
Água de se beber.
Água que lava e que limpa.
Água que cura.

Água que transporta. Água que transborda.
Água de se comer. O peixe, depois de pescado.
Água da piscina. Do lazer. Água da terapia.
Água da estrada do mar. Água de viajar.

Água da urina. E do joelho inflamado.
Água do acidentado. Água da fisioterapia.
Da ginástica. E da hidroterapia.
Água que recupera. Dia-a-dia.

Água da cacimba. Água da tentação.
No meio do mato. Eu vejo a menina.
Nua no banho.
O meu coração.

Palpita depressa. Desejo aparece.
Meu sangue esquenta.
Água vermelha. Escorre nas veias.
Na tubulação.

Eu vou para perto. E entro na água.
No banho com ela. Tive a permissão.
No meio da mata. Um pequeno filete.
O namoro acontece.
Sob o céu, resplandece.

Borbulhou dentro dela. Sob o sol da manhã.
Gotas de amor distraído.
Saído de mim. Sem sentido.
A vida acontece. De novo aparece.
Renasce de um pingo. No meio da serra.
A água que cresce.

No ventre da moça.
A água engrossa. O volume aparece.
Estoura a bolsa. A água escorre.
De suas entranhas . Da mãe natureza.

Que a concebeu. E fez escorrer.
Pelo mundo. Pelos rios e mares.
Descendo, sinuosa, pelas cachoeiras

Novos caminhos. Outras histórias.
Novos amores. Outras ribanceiras.

Milhares de litros de água.
Água que é a própria vida. Com seus amores.
A vida que escorre, bela, e em cores.



Atual. 01 de agosto de 2003










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