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Cartas-->Palmerinda Donato -- 02/08/2003 - 20:06 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BRASÍLIA, 15 DE JULHO DE 2001
CARTA À QUERIDA AMIGA ESCRITORA, CONFREIRA PALMERINDA DONATO
Todo ser humano traz em si a energia celestial, mas poucos a utilizam ou sabem utilizá-la.
O TEMPO É APENAS UMA PARTE DA ETERNIDADE QUE NUNCA COMEÇA, NUNCA TERMINA
PRIMEIRA ESTAÇÃO

Ler um livro é partir para o até então mundo desconhecido, conviver com acontecimentos, até então estranhos, e conhecer um pouco do autor, o criador daquele universo, que era só dele e passou a pertencer também ao leitor, antes um intruso, um estrangeiro, que de agora em diante compartilha e às vezes determina o rumo e recria em sua mente e em sua imaginação um novo e fascinante espaço - tempo, fazendo estremecer a sólida rocha de seus encantos, com novas interpretações ou vontade de fazê-lo, ou, como no caso da sua obra, diferente sob todos aspectos, participar da mesma criação e das mesmas idéias, louvando-as, aplaudindo-as e segui-las.
Eis o poder de um artista, de um escritor, de um estadista, de um cientista do direito, de um filósofo, de um místico, de um Mestre, de um poeta, de um contador de histórias, de um artífice da palavra, de um artesão ou de um ourives da imaginação e da inteligência, o arquiteto de diálogos, de fatos, teses e, porque não, de novos caminhos e mundos, navegando pelas galáxias da imaginação e do mundo infinito de outras civilizações, passadas, presentes ou, quem sabe, até futuras.
E livros, que eu saiba, não dão dinheiro, pelo menos para mim ou para o João Ubaldo Ribeiro , que escreveu há algum tempo, no Estadão (vale a pena saborear seu escrito ), uma preciosa crônica, de extrema atualidade, “Eu quero meu cemildola.” Não obstante, quando não se sabe fazer outra coisa, vale mesmo a pena escrever, não importa se dê dinheiro ou não. Se dá prazer, pronto!!! E quando, além do prazer, é uma necessidade do espírito, então, não há outra coisa a fazer, senão, escrever! Escrever! Escrever!...
SEGUNDA ESTAÇÃO
Minha cara PALMERINDA
Mal acabei de receber seu precioso TUDO POSSO, pensei em colocá-lo na estante ou, então, deixá-lo na mesa, aguardando sua vez, para fazer uma leitura prazerosa, no seu devido tempo.
Não obstante, lembrei-me de imediato que, não faz muito tempo, foi promulgada uma lei, que dá preferência aos idosos, de sorte que estes têm preferência em tudo.
Meditei sobre esse diploma legal e perguntei-me se estamos enquadrados nas suas cláusulas, para eu, você e tantos outros podermos passar à frente e, dentro dos estritos termos legais, ultrapassarmos os que aguardam sua vez. Com isso, poderia lê-lo já.
De repente, verifiquei que, na verdade, nem eu nem você preenchemos os postulados legais, porque não somos idosos, mas sim menos jovens, pois nossos espíritos vibram, criam, correm, não conseguem ficar parados. Isto é próprio do jovem e, portanto, não envelhecemos. Mera questão de semântica? Não creio. É, a meu ver, uma filosofia sã de viver. E agora? Que fazer? Como resolver esse dilema?
TERCEIRA ESTAÇÃO
Existe, afinal, a carona. Então, vali-me dela para não permitir que seu livro ficasse à espera do seu tempo. E ele merecia essa deferência, já que, desde a capa, tudo nele é convidativo; a temática, os detalhes, a simplicidade no trato das questões que aborda....
Pretendia fazer, antes, uma leitura dinâmica, uma viagem sem rumo e sem pretensão, para somente depois ler com mais vagar. Nenhuma estação haveria, nesta primeira andança. Pura fantasia! Ledo engano! Apenas divagação do espírito, porque este se desgarrou do corpo e lá se foi, para a caminhada, que prometia ser fascinante, e ingressou neste mundo fantástico de sonho e realidade envolto de desafios.
As palavras começaram a prender-me. As imagens que se formavam em minha mente, o universo que se criava, cada vez mais, exigiam concentração e dedicação, sem pré – requisitos, impelindo-me, mais e mais, para a jornada confortável e maviosa. Reclamavam profunda e severa meditação.
E, assim, no passeio inaugural, no auge da minha imaginação aguçada, deparei com o POR QUE DESTE LIVRO: uma verdadeira ode à vida e ordem para não se afastar jamais de seus conselhos e ditames, tornando a existência mais fácil e despida de qualquer rusga.

QUARTA ESTAÇÃO
O sugestivo título – TUDO POSSO - é o primeiro alarme e a antevisão de um porto seguro de que o livro será partilhado por todos que tiverem a ventura de o ler, porque, com a autora, vive-se um novo mundo, enxerga-se o universo de fora, sente-se o pulsar alegre de alguém que vivência a sabedoria de uma mestra, onde só a vida vale, porque viver é bom e Deus é o Senhor de todas as coisas e do Universo. Vê-se que todo ser humano traz em si a energia celestial, mas poucos a utilizam ou sabem utilizá-la.
Perguntaria então se eu mesmo acredito naquilo que estou lendo e eu respondo, como meu personagem o faz em Os Hebreus, história de um povo: Acredito, sim, em Deus, todos devem acreditar em algo, do contrário, nada tem sentido. Assim, é seu livro, sua magnífica obra.
É linda a resposta da minha querida amiga e Mestra, ao assentir, de forma transcendental, não ter problemas, porque não permite que se formem em sua mente. Vale dizer: O homem é o único ser vivente que pode transformar e modificar a realidade em que vive, de forma consciente. E, por isso, mesmo tudo pode ser transformado, como demonstrou o gênio de Lavoisier. Nada é impossível. Cabe, assim, à elite pensante fazer a grande guinada da história, neste início de um novo milênio da era vulgar. Os problemas existem e se formam, se não quisermos usar nossa intensa energia interior para os debelarmos, se não os expelirmos de nossa mente, com nossa força espiritual.
Você dá uma verdadeira aula de sabedoria e, a todo instante, invoca Deus, como fonte de todo ser e de todo Universo.
E podemos repetir com o Rei David que
“Ele ama a retidão e a justiça; a Terra está cheia de benignidade do Eterno... O Eterno olha lá do céu, vê todos os filhos dos homens. Lá do lugar da Sua habitação, dirige Seu olhar para todos os habitantes da Terra. É Ele quem forma o coração de todos eles, quem considera todas as suas obras” (Salmo 33).
Eis, seu universo. Ninguém é vazio bastante que não tenha o que dizer. Todos os seres têm dentro de si algo significativo para transmitir.
E você demonstrou que é uma fonte perene de ensinamentos para doar e transmitir!
Eis, minha boa amiga, o significado deste início de um novo século, que poderá ser o começo da idade de ouro espiritual.
DERRADEIRA ESTAÇÃO
E assim a viagem se fez bela, encantadora e sublime.
Nada escapa à sua percepção.
TUDO POSSO torna-se, assim, um breviário, um livro de cabeceira, proibido de ficar aprisionado nas estantes, nas bibliotecas ou jogado na mesa.
Estará sempre ao dispor do ávido leitor, o aprendiz das boas coisas, permitindo-o não só sonhar e, como é bom sonhar, lutar, viver, mas também não se perder na vilania do dia a dia e manter acesa a esperança, única que se não extinguirá com o apagão. Que o Altíssimo ilumine todos com sua chama, porque esta é eterna e não se apaga! Assim é seu pequeno, precioso e grande livro.
Parabéns, minha estimada amiga e mestra, pelos ensinamentos que você autorizou me apropriasse neste lindo passeio



Leon Frejda Szklarowsky:.






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