Usina de Letras
Usina de Letras
285 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62174 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50579)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Volta ao passado - victória chianca -- 20/02/2006 - 20:20 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Volta ao passado
Victória Chianca

O fato aconteceu, na pequena cidade de Ingá do interior paraibano, no agreste, zona semiárida.
Como grande parte das cidades interioranas brasileiras, possuía todas as características básicas – a Prefeitura, a Igreja, a praça, as escolas, o cinema.
Todas essas entidades, com seus naturais representantes – o prefeito, o padre, a diretora do colégio e assim por diante, cabia também grande importância na comunidade, a senhora Dona Dinha, viúva e proprietária, além de exímia modista.
Nascida naquela cidade, descendente de um dos seus fundadores, tinha o conceito de estar em dia com os acontecimentos estaduais e mesmo mundiais, pelo rádio e jornal, ouvia as notícias da guerra e acompanhava pelas revistas as tendências da moda, era pessoa culta e atualizada. Além de se comunicar com os parentes residentes nas capitais, principalmente no Rio de Janeiro, ela trazia para seu lar muitas novidades na decoração ou do uso doméstico.
Sua sala de visitas ostentava duas gravuras, que trouxera da Europa, quando lá esteve, no ano Santo de 1950. Retratavam uma linda mulher, vestida a moda do início do século XX – a beleza se ostentava em todos os traços daquela dama européia.
Certa vez, D. Dinha recebeu, vindo de outra cidade, um frade franciscano, de origem alemã, que angariava donativos para obras de caridade.
A anfitriã deixou-o sentado à sala de visitas, enquanto ia ao interior da residência, servir-lhe uma água e atender a sua solicitação. O monge estava suado e cansado, com aquelas vestes impróprias para o clima nordestino.
Ao voltar ao recinto, ela encontrou o frade de pé, virado para o retrato da moca, então viu que ele estava com as vermelhas faces molhadas por lágrimas copiosas. Admirada com aquela atitude inqueriu ao religioso-
- O Sr. Está se sentindo mal, o que aconteceu?
- O frade, assustado com a presença da senhora, diante de sua reação e respondeu-
- Minha senhora, esta figura que está neste quadro, era minha noiva, que deixei na Alemanha, durante a Primeira Guerra, e aqui estou eu.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui