De mansinho ela entrou na minha vida,
Serena, plácida, doce olhar angelical,
Trespassando da emoção o portal,
Onde foi se alojar firme e decidida.
Curtia eu um momento algo especial,
De ansiedade, buscando novos caminhos,
Querendo abandonar os falsos ninhos,
Aventuras, boemia, noitadas, ilusões,
Embaladas por serestas e tristes canções.
Com o coração aberto à hospitalidade,
Era uma alma procurando alma gêmea.;
Então ela chegou de leve, espontânea,
Sensual, pele diáfana, aveludada
E fez do meu coração sua morada.
Mexeu e remexeu numa faxina radical,
Pintando no coração um terno cenário,
Deu sentido e alegria à existência
Para quem o amor, mais que necessário,
Da razão de viver era a essência.
Longo é o caminho já percorrido,
Mas tudo é glória, nada foi perdido,
É um amor que se renova a cada dia,
É belo no hoje e no amanhã mais ainda,
Ao lado de uma companheira e de infinda
Paixão vivida em plena paz e harmonia.
(À minha esposa IDA ALENCAR)
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