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Contos-->Trajetos na Alameda Barros. -- 08/02/2006 - 04:05 (Maria Celi Pellegrini Joao) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Havia tocado o sinal, era o toque de um sino enorme, anunciando o término das aulas.O colégio era de freiras vicentinas. O recinto era tomado pela algazarra dos alunos. Felizes por ter finalizado a aula, nem percebíamos que lá fora chovia.Era verão, final do ano letivo e a borrasca estava muito forte. Ninguém carregava guarda-chuva. Nossas malas de portar material eram pretas de alças bem pequenas que mal cabiam em nossas mãos. A "lancheira" era feita de pano tendo nas laterais uma espécie de papelão e dentro dela cabia uma fatia de "bengala" com uma banana enroladas num guardanapo de pano encardido.Nossos cadernos eram de "brochura" encapados com papel de seda colorido conforme o ano que estavamos cursando.Importante era a etiqueta colada a frente, todas iguais, identificando o nome e a série do aluno.O livro do primeiro ano chama-se "Cartilha".O uniforme das meninas era composto de uma camisa abotoada até o pescoço de mangas longas sob uma saia de tergal azul marinho, e, cujas alças de tão largas que eram mais pareciam um colete.Todos os alunos igualmente uniformizados recebiam "broncas" até por deixar sua meia relaxada nos calcanhares. Havia o recreio das meninas separado do recreio dos meninos.
Alegres e felizes deixavamos a escola sob a forte chuva que caía.A distância entre o externato e a minha casa era de um quarteirão e meio mas a rua apresentava uma ladeira bastante íngreme.
Agora não mais caminhavamos pela calçada. A enxurrada que corria a "meio fio" era um convite tentador para a aventura.Totalmente "ensopados" pela chuva nossa roupa literalmente grudava em nosso corpo.Tirávamos a meia e o sapato e mergulhavamos nossos pés naquela enxurrada tentando inutilmente segurar a àgua. Arrancávamos uma folha do nosso precioso caderno e fazíamos dela um grotesco barquinho.Lançavamos na enxurrada o tal barquinho e agora então corríamos pela calçada escorregadiça atentas à caminhada do brinquedo improvisado. Assim chegávamos em casa muito felizes com a travessura. Ninguém pensava no risco de adquirir uma enfermidade; mas os ratos sempre existiram e deviam estar alí presentes.
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