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Poesias-->BRIO -- 06/02/2007 - 19:15 (MIGUEL EDUARDO GONÇALVES) |
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BRIO
Que é não te ter, depois do que fizeste
Inscrevo aqui o que deixei pra trás
O que bem sei é que é fato inconteste
Somente haver o que jamais terás
Joguei ao léu o nosso mar de festa
Templo antes vivo, agora coisa finda
Passou por mim, tal vento na floresta
Sem distinguir por entre a rama ainda
Despetalada a flor que amor se fora
E nele então foi onde ousaste, rosa
Como o silêncio é forma adutora
Em cada gesto foste perniciosa
Pulverizado pó, foi teu encanto
Tu te esqueceste que a beleza vai
Errando por aí, pólen se tanto
Certeza que é por si que assim se esvai
Como o desejo morto é para sempre
Chama apagada que mais não se sente
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