Quando damos um peido e o censuramos, achando ter feito algo errado e nos sentindo envergonhados por causa de um simples barulho que criamos com tanta naturalidade, isso é muito prejudicial para nós.
Ele deve ser dado com vontade, ser estrondoso e cheirar forte, fazendo com que nos sintamos poderosos e cheios de vida.
Uma pessoa que é cheia de vida, como todo bom peidorreiro o é, não pode e não tem o direito de se sentir acanhado perante a um simples “pum” que sai de si.
Deve orgulhar-se de ser uma pessoa forte e sensível, e acima de tudo muito excêntrica, que vê com naturalidade a sua própria podridão.
CARLOS CUNHA
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