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Cronicas-->Aranhas, mulheres e pó: todas sobem as paredes -- 19/04/2004 - 15:24 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Preocupo-me em encontrar respostas evitando questionar-me muito. Quando resolvi varrer o tapete de casa, percebi como pó jamais parece ter fim.
Sempre me Contentei com pano úmido e uma vassoura.Tudo superficial com a aparência de limpo. Mas limpo superficialmente já não atendia mais meus próprios padrões de exigência.
Gastava-se cada vez menos tempo para limpar. Como empregada espelha-se me patroa e meu tempo era escasso, faltava tempo em casa pra tudo, também. Apesar de sermos só eu e meu marido.
Enfim, não sei se mudei meus padrões de exigência ou a sujeira escondida no meio dos fios do tapete passou a me incomodar. Claro que eu não via o pó, se ele de tão minúsculo é quase invisível. Mas um local onde se pisa todos os dias não sobreviverá limpo a um simples pano úmido e uma vassoura.
A partir do momento em que "assumi" que minha casa estava suja( para os meus padrões de exigência), deveria encontrar uma forma de resolver( o problema).
Meu marido tirou sarro, riu, gozou, banalizou toda essa preocupação que eu tinha. Esgoelando-me por um simples tapete.
Homem não tem noção nenhuma de organização da rotina da casa. Quando limpa, é em excesso. Tipo neurose. Quando não dá bola, a casa pode ser invadida pela poeira do nordeste sem chuva há mais de dez anos que não lhe fará diferença. Contanto que este pó não atinja o visor da televisão.
Mas a minha goela estava doendo mesmo, fruto de um simples tapete. O pó atiçara novamente minha rinite alérgica(alergia à ácaros).
Certamente por este motivo eu mudara meus padrões de exigência. O pó já estava mudando a coloração das paredes quando me dei conta. A gente pensa e acha que só porque mora em apartamento e deixa tudo fechado não entra pó. Faz ainda a burrice de falar isso pra empregada, que alegremente concorda conosco e nunca limpa. Também, a gente nem percebe....
Eu não sabia como resolver o problema de tanto que era o pó.
Algumas alternativas vieram a tona, e precisava decidir:
-Se brigava com a empregada e fazia ela varar a noite
-Se pegava um aspirador de pó para aspirar os meus miolos e os dela,
-Se desencanava e conformava-me em viver na "pó-seira",
-Se ligava desesperada para a mamãe aparecer no dia seguinte e controlar o trabalho da moça,
-Se me mudava de vez para a casa da mamãe pois alem do pó já estava ficando com alergia do meu marido também.
Mas a alternativa escolhida foi aquela que mulher geralmente toma, de querer resolver tudo sozinha quando diz respeito à casa, pois onde já se viu uma dona de casa imperfeita.
Eram onze da noite quando começou tudo isso. A meia noite estava lá eu com a vassoura, o aspirador, uma mascara para proteger a boca e o nariz e com as minhas mãos a obra.
No dia seguinte, lá estava eu no trabalho com um arsenal medico: antialérgico, dopante, respirador bucal, etc.
À tardinha, lá estava eu na cadeira do psiquiatra pra varrer o excesso de pó,
À noite, lá fui eu para o pronto atendimento do hospital perto de casa, de tão alérgica( ou neurótica) que estava.

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