Usina de Letras
Usina de Letras
18 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62285 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50672)

Humor (20040)

Infantil (5458)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6209)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Mulheres de vida fácil -- 27/01/2007 - 12:57 (Silvio Guerini) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Quem, por ora, olha distante

quem se esconde no anonimato

buscando pela noite por sua amante

aflito pelo toque... pelo amor imediato

não faz idéia deste mundo

nem sonha sequer como joga a vida

neste vil encontro... num jogo imundo

da ilusão que não dá pra ser contida

de quem o corpo e o amor negocia

na ilusão de quem precisa do prazer

do tesão que pulsa em euforia

de quem precisa simplesmente viver

e neste jogo de sentimento

onde corpos desconhecidos se tocam

cada um buscando naquele momento

o alívio da fome que as sufocam

das vontades não completas dos amores

necessidades do corpo... vontades do coração

aliviando amarguras... dissolvendo dores

de vidas vividas sem emoção

e quando compra 1 hora de sexo

na ilusão do deleite material

se julga senhor... mas nota perplexo

como uma pluma num vendaval

que no turbilhão que se mete

não comanda, nem manda, nem é senhor

pois vestido na ilusão que nada afete

de quem manipula esse joguete de amor

se entrega nas mãos sedosas da cortesã

que de impura... maldosa... vira santa

vira doce... qual açucarado marzipã

pois a fome e a ânsia é tanta

de sua alma finalmente saciar

na fonte bendita deste ventre

maliciosamente doce no encantar

convidando o desejo para que entre

e se perca neste tenro paraíso

da doce carne e da paixão

convidando que não pese o juízo

matando no fundo a dolorida solidão.



Quem, então, olha de perto

quem procura sem medo... atento

dentro do próprio coração, decerto

sentirá na rudeza do sentimento

que o coração da amante faz sangrar

pois daquele ato puramente animal

que o instinto apenas quer calar

e o soberbo julga coisa certamente imoral

surge um temporal de conflitos

que faz sua vida ir ao chão

e de seu íntimo gritam aflitos

sua alma... seu orgulho... seu coração

e os anjos que ouvem... choram

um pranto doído por vossas filhas

que por apenas compaixão imploram

perdidas num mar de desencantos como ilhas

servindo a desejos e prazeres inomináveis

de nem sempre dóceis e gentis cavalheiros

que buscam por carinhos incontáveis

pela luxúria e amores passageiros

negociando sentimentos por migalhas

fugindo de suas duras realidades

dos amores corrompidos entre falhas

travestidos em odiosas caridades

e que depois do desejo saciado

simplesmente se levantam... vão embora

levando consigo o sabor do amor comprado

arrematado de um coração que ainda chora

apunhalado pela dúvida do imoral

pelo que o mundo julga certo ou errado

olhando pra cima em busca de um sinal

que alivie este fardo tão pesado

pois tantas vezes sonhou com a liberdade

de amar apenas seu príncipe encantado

de dar seu corpo só na doce cumplicidade

de amor e carne num só corpo comungado.

Oh! Mundo hipócrita que a julga sem perdão

por um destino que nem sempre escolheu

que lhe acorrenta como grades de prisão

no passado dos desamores que um dia sofreu.



Silvio Guerini

27 de abril de 2006, 19h51

guerinis@uol.com.br

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui