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Poesias-->poesias de andar 2 -- 24/01/2007 - 17:01 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CAMINHO DE SANTIAGO

Elane Tomich



Metade de mim foi a passeio

Metade entrou no coração

Hibernou-se no entremeio

De calcificada emoção.



De repente foi um meio

De enganar a ilusão

Um coração com recheio

De entre folhas, doce paixão



Metade de mim foi dormir

Outra metade sonhar

Entre duendes e magos



Hoje me ponho a rir

De tanto sonhar viajar

o Caminho de Santiago







DOR DE ESTRADA

Elane Tomich



Dor de estrada

Acaba em curva,

Dor de balada

Em lágrimas, turva,

Escorre em vales,

Duras encostas.



Tão verdes males

de mim não gostas,

tento façanhas

rolando escarpas,

subo montanhas

quebro meu verso.



Sinto as farpas

Do meu inverno,

No meu avesso

Acho um desvio,

Flutuo e desço

Em minhas veias.



Como nas águas

de um quente rio,

e nesse cio,

em quedas d água,

sinto anseios,

quebrando mágoas



Andarilho

Elane Tomich



Trazes no olhar

O brilho

De outro lugar.

Caminhante,

Trazes no peito

Ofegante,

Um falar de

outro jeito.

Peregrino,

Trazes nas mãos

Um sino,

Hino

De outros

corações.







Chegada ou Partida

Elane Tomich



Não! Não foi assim tão ruim,

estar entre o sonho e a verdade.

Acordar com frio, sim,

transpondo o portal da saudade.



Não sei se revolta ou volta,

ou, se foi dever de partida.

O que vi de volta à volta

não sei se era morte ou vida .



No meu peito embolorado

saudade com data vencida.

punha-me em dois lados,

de um infinito resumido.



Do lado do ir embora

coube a um hiato de memória

definir, certeira, a hora

de contar e ouvir histórias.



A mão, a mim estendida,

fosse ela de quem fosse

convidava uma ida à vida

mas a asma trouxe a tosse ...



No meio de duas idas

e de uma chegada e meia

uma paixão dividida

calou-se na pré-estréia..



Na casa desta charada

onde sorriu-me o sorriso

um anjo de asa quebrada

sem um pingo de juízo...



...veio, desvencilhar-me da ida

condução em travessia

à chegada da saída

onde o medo se esvazia!



Se alguém por um acaso

também viu este anjo

com um sorriso de ocaso

e olhos que sonham banjos...



...diga-lhe que não o esqueço

dentro da minha saudade!

Ele sabe o endereço

da minha perplexidade.





Procissão

ElaneTomich



Andei um trecho do dia,

muitos eus, todos sem nome,

com outros tantos pronomes.

Vultos sós, em romaria.

Não era rua ou estrada,

crepúsculo ou alvorada,

trilha de ouro, trigal

(que nunca vi, mas pensei).

Cada pendão, radial,

de uma luz matinal,

de sonhos que não plantei.



Minha alma, em procissão,

desses eus tão diferentes

uns tristes, outros contentes

dispersos na multidão.

Um tem meu nome e registro,

outro, um vulto sinistro.

Um, ama a filosofia,

outro, veste fantasia.

Todos são alegorias,

de minhas verdades- mentiras,

desejos em hierarquia,

matizes de cinza em tiras.



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