Desejo Nenhum
A embebedar-me de amar
a deuses, estarei a chorar
sinceramente, bem sabes,
de adeuses à ferida dos sabres
que a sangrar, Cruz se Issa
posta em dores sobrepostas
chama de fogo a chamar
_Xamã, Xamã, Xamã!_
coleta dos céus sem repostas,
igualdade em outros uns
lugar de amanhã algum
Desejo? Só amanhã
nenhum!
Cai sinuoso na serra
o que desanda e emperra
Lixo luxo caos e guerra
num momemto de despejo
lixo, vossoroca e desejo!
Elane Tomich
|