Usina de Letras
Usina de Letras
21 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62301 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10395)

Erótico (13575)

Frases (50690)

Humor (20042)

Infantil (5463)

Infanto Juvenil (4786)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140829)

Redação (3311)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6215)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Maos que fazem, compartilham e distribuem felicidade-IV -- 16/04/2004 - 15:06 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cida está na Baixada do Glicério, zona central da cidade, com mais cinco colegas. Distribui sopa feita em sua própria casa para pessoas miseráveis, na maior parte, moradores de rua. É inverno e a temperatura em São Paulo as sete horas está na casa dos onze graus.
Cida e seus amigos usam casacos. Os felicitados com um prato de sopa aquecem-se e alimentam-se dela.
Conchas velhas em movimentos leves e delicados preenchem os pratos de plástico também comprados por eles. Cida olha e tenta transmitir um pouco de calor humano. É a forma que ela encontra para ajudar- e não penalizar- aqueles que precisam.

Do outro lado da cidade, num hospital publico de periferia, Gilmar e mais alguns amigos cantam, dançam, riem. Nem parece lugar de gente doente. Eles levam um pouco de alegria algumas crianças que tem càncer. Vestem-se de palhaços, com roupas e apetrechos simples. As crianças sentam-se em semi - circulo na pequena sala. Apertam-se, de tão pequena. Mas se divertem com a palhaçada, com os risos. Ao final cada uma delas recebe um beijo, um abraço e um aperto de mão. Vê-se em Gilmar lágrimas escorrendo pelos cantos do rosto.

No centro de São Paulo, um grupo de crianças está parado no farol. Vão para um passeio. Uma delas vê um cego esperando ajuda para atravessar. Apenas olha, enquanto o farol não abre. Ao perceber que ninguém ao seu lado se dispõe a ajuda-lo, desloca-se rapidamente. Dá a mão ao cego e ajuda a atravessar a rua. Ele lhe agradece com um sorriso no rosto. Leandra sabe que ele não enxerga. Aperta sua mão como retribuição do agradecimento.

As seis da manha, antes de ir para a faculdade de Letras, onde cursa o ultimo ano, Rita anda algumas quadras e entra numa casa velha, pequena, onde de dia funciona uma oficina de costura. Sua mãe ali trabalha , junto com outras vinte costureiras. Ela ocupa uma lousa pequena e improvisada. Ensina àquelas costureiras que são analfabetas a ler e escrever. E compartilha da felicidade delas quando sozinhas usam o lápis ou caneta e assinam seu nome pela primeira vez. Com as próprias mãos.
Assim como essas mãos comuns, as nossas também podem fazer, distribuir e compartilhar felicidade.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui