A uma distância segura
de espera
assisto à corte da natureza
sincera
ao renascer da beleza
em vida que se apura
Não vou me comprometer
daí, de ver,esta postura
dura,curada de angustura
_ Melhor dito, de não ver!_,
diante do que vive e se apura
como calda de tempero
com cheiro de cravo
amargoso e doce esmero
canela, mel, gostosura.
Qual abiu na boca, me travo.
Eu, só de inveja a ver,
nada quero, a mais, saber.
Decerto, do destino, um anjo
há de me levar a amargura
e, com mãos de arcanjo
reeditará do viver
o meu melhor capítulo
de nova estirpe, mais puro
para que possa ser lido
páginas inteiras sem títulos
futuros recém nascidos.
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