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Poesias-->VENTO -- 17/01/2007 - 10:24 (Rudolph de Almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tu que tiras as folhas das árvores para dançar

As fazendo rebolar, gingar, girar

Ora mostrando a palma verde-escura

Ora exibindo o dorso verde-claro



Tu que carregas a areia

Açoitando as pernas, no mar à beira

Fazes redemoinhos espalhando poeira

Movendo as dunas feito nômades errantes no deserto



Tu que vens refrigerar as noites quentes

Enxugando o suor do verão inclemente

Como uma mão suave balançando um berço

Embalando noite a dentro o sono de descanso pleno



Tu que assovias no telhado

Ou é uivo da tua alma perdida

Pedindo para que te abram a porta

Para que em casa te dêem guarida



Tu que trazes as nuvens de um escuro cinza

E as manda embora quando já vazias

Crias formas curiosas com aqueles algodões no céu azul

E logo as desfaz noutra amorfa mancha branca



Tu que quando vais embora deixa a todos tristes

A pedir um pouquinho de ti

Querem-te de leve, de mansinho, docemente

Mas às vezes surpreendes e vens com a velocidade de um foguete



Tu que fazes voar a pipa

Que moves o homem pelo mar desde a antiguidade

Que transporta o pólen e a semente

Da vida na terra és poderoso agente



Tu que desajeitas o cabelo das moças

Bolinas por debaixo da saia as suas coxas

Arrancando das mãos papéis manuscritos

Jogando ao alto palavras de amor não lidas



Tu que agitas do mar as ondas

Eriçando suas cristas alvas de espuma

Aspergindo-a no ar com a água

Num lindo espetáculo de natureza pura



Tu que quando és brisa é amigo

Quando és ciclone és impiedade

Quando és frio demais és perigo

Quando és muito quente és ansiedade



Tu que beijas minha face agora

Enquanto contemplo teu produto – movimento

És carícia na pele e inspiração na mente

Leva-me contigo pela vida ver o mundo, ó vento!

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