"Por um momento, apenas isto, nada mais
Ela sentiu pena de si mesma
Naquela belíssima tarde
Abafada, com chuva de verão...
Com uma das mais belas vistas da cidade
à sua frente,
Com prédios, árvores, céu azulado com nuvens
Ela desejou muito mais para si mesma.
Um grande amor,
Amigos mais presentes,
Um bom emprego
Uma família, filhos...
Era tudo o que seu coração queria
A música aos seus ouvidos
Lhe dizia sobre mentiras através do tempo
‘ How many time, how many lies’
E ela se identificou
Pois pensou ser tudo uma ilusão
Uma doce ilusão de que era feliz,
De que as pessoas a amavam,
De que tinha muito mais do que imaginava...
Mas na realidade,
Tudo parecia ter mudado
Pois as pessoas não a consideravam mais,
Não tinha muito a perder,
E não era feliz.
‘O que aconteceu?
O que eu fiz de errado?
O que posso fazer?
À quem recorrer?’
E assim ela se questionava,
Naquela belíssima tarde de verão,
Com delicadas roupas,
e acessórios enfeitando seus cabelos
Por fim,
Ficou tudo vazio.
Ela não sabia a resposta para suas perguntas,
E preferiu deixar tudo isso para trás...
O que restou naquela tarde,
Foi apenas dor e palavras soltas
Ao qual ela acredita fielmente,
Que algum dia, alguém virá retirá-las
Num breve beijo,
Num doce sussurrar dos ouvidos,
Num abraço fraterno,
Ou apenas, numa simples oração."
|