OVULANDO POESIA
Lílian Maial
Rompendo c as barreiras das membranas,
correndo rio abaixo, em euforia,
trajeto habitual das doidivanas
moléculas de amor, em sintonia.
A cada mês, as mesmas filigranas
da espera da paixão, com alegria,
p ra criação da vida - soberanas -
na pressa desse encontro em certo dia.
Porém, se o outro ali não comparece,
a frágil ilusão do amor fenece,
e a morte sobrevém com toda a langue.
Que a natureza dita a sua regra:
se a tal felicidade lhe renega,
só resta pranto em lágrimas de sangue.
Rio, 13/01/07.
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