Rasguei o vento no tempo.
Bem na lacuna do suprimento.
Quando o abraço da aurora,
Apertou-me.; e você foi embora.
De ti, só senti uma ausência.
Por ti, meu coração só clemência.
Por toda enorme excentricidade,
Desta distância sem correção.
Este excesso de um constante nada.
A discrepância total e resignada.
O limite enfim do lugar comum.
Porque tempo é todo momento.
E o vento, no todo só complemento,
Que geme e uiva na minha solidão.
|