Morena da cor de mim,
de face suave, gostosa e quente.
Habita-me, sempre.
E se constitui a minha fonte de viver.
Esta fonte me faz amar.
Amar você com meus olhos,
olhos que amam você com minha boca, lingua e corpo.
Anima este mesmo corpo meu
e o obriga a fundir-se com o corpo seu.
Mergulho em você.
Enquanto isso, minhas mãos consomem você,
percebendo-me dentro de você, diluindo-a,
para conservá-la dentro de mim,
como alimento para eu existir.
O meu eu beija e viaja em toda você.
A pele sua, morena, me queima, me submete.
As mãos, manobram-me, ingênuas, excitando-me.
Você!
Eu.
Desmedidamente incapaz,
o meu ser não sei onde morre.
Esgotada a vida, ainda você sonho.
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