O povo brasileiro está contando nos dedos os dias restantes à eleição. Uma emoção forte toma conta da nossa gente. O grito eufórico que ficou atravessado na garganta há, precisa e coincidentemente, 13 anos, está para ser externado a qualquer momento. É o grito da esperança que representa a vitória de Lula à presidência da república.
É verdade que os tempos são outros, que a agricultura já não é tão viável, que o nível de emprego já não é o mesmo, que o poder aquisitivo da grande massa caiu, vertiginosamente, e que o Brasil amarga uma dívida cujo pagamento de juros e amortização leva à redução do consumo daqueles que constroem as riquezas desse país: os trabalhadores. Vergonhosamente, a remuneração da maioria daqueles que trabalham não cobre, sequer, as energias despendidas no processo de produção. A mais-valia, ou seja, o excedente criado pelo trabalho, é extorquido pelo sistema financeiro internacional. Sobre isso pesa a fragilidade imposta à soberania nacional com as propostas da ALCA e da Base de Alcântara formuladas pela Casa Blanca.
Mas, isso não é motivo para alterar o verde das nossas espectativas. Até porque, na verdade, o que está faltando ao nosso país é um governante que defenda os seus interesses; que governe para os brasileiros e saiba se impor à invasão do nosso território. Nós precisamos de um governo que, no mínimo, tenha força para fazer prevalecer a constituição do país; que se preocupe com cada centavo ganho e, principalmente, com cada centavo gasto.
Nós vivemos em um país rico; o que dispõe da maior área de terras agricultáveis no mundo, que conta com o maior volume de água doce do planeta e que tem um expressivo contingente de mão-de-obra ociosa. Mas, com o governo que temos, o seu povo passa fome, quando o nosso país deveria ser o celeiro do mundo.
Um Brasil melhor é possível. E é por isso que o povo brasileiro deposita em Lula a esperança de torna-lo melhor. Um canddato que conheceu a fome, a prisão injusta na defesa dos trabalhadores, a discriminação, e que todo o seu discurso de vinte anos de luta por esse Brasil afora, tem sido de solidariedade ao homem sofrido do campo e da cidade. Outro fator importante é