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Cronicas-->Ciranda de Preferências -- 06/04/2004 - 17:09 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


"Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar....". Lembram-se?
A imagem é perfeita: um grupo de crianças com um sorriso estampado no rosto, girando a passos curtos, mas firmes, reflexo de quem começa a fazer sua história.
Sorriem ao dar as mãos ao melhor amiguinho da escola, e revidam a mão para aquele que ainda não conhecem direito. Só por um instante. Em seguida a música toca e o sorrisinho reaparece. A ingenuidade transborda-lhes as palavras quando cantam a Cirandinha em palavras que soam as vogais e lhes faltam as consoantes.
A ciranda vai rodando, eles vão se olhando e reconhecendo, e dentre uma brincadeira e outra, surgem os melhores amiguinhos, a tia mais legal da escola, o choro porque o brinquedo foi "tirado" de suas mãos.
Brotam como sementes recém-plantadas as primeiras preferências. É o inicio do processo de escolha. O começo dos desafios de suas vidinhas.
Mas como é bom girar na Ciranda e rodar, rodar, rodar..... Neste momento todos estão preferindo a musica à todo resto. E assim deveria ser conosco. Deveríamos preferir abraçar à vida a todo resto. A vida é nossa ciranda, e o mais importante não é preferir, mas aproveita-la, mesmo que seu amiguinho preferido esteja de mãos dadas com aquela menininha(que você é quem gosta) do outro lado da roda.
Ciranda-cirandinha será musica de fundo ao longo de nossas experiências de vida. Seremos testados em nosso jogo-de-cintura para lidarmos com a equipe de trabalho. Querer aprender a cirandar é primordial. Acompanhar o ritmo, mais ainda.
Esbanja -se palavras recheadas de vogais e consoantes, certos que sabemos expressa-las corretamente, principalmente na hora de preferir, ou melhor, na hora de escolher.
As palavras saem tão contundentes que um simples "NÃO" pode denotar uma preferência - ou uma escolha- para toda a vida. Nunca mais haverá Ciranda, porque aquele que coloca um ponto final, sem volta, não vê que as coisas podem vir e voltar, chegar e ir, passar perto e longe, como na Ciranda.
Deixar de convidar o outro a participar de sua ciranda é optar em ficar sozinho, porque a Cirandinha não roda sozinha. Ela precisa de pelo menos duas pessoas para girar.
Chato brincar sem Cirandinha a vida toda. Nunca descobriremos qual a sensação de apertar as mãos de nossos vizinhos de Ciranda e girar com eles....
Quem já brincou sabe: tem aquele que de tão forte que aperta, até machuca, enquanto que outros ficam tão receosos em encostar que oferecem um único dedo.
Imagine-se em seu ambiente de trabalho brincando de Cirandar com seus colegas, em sua faculdade, ou em qualquer outro ambiente em que se relacione....
Nossa mente não verá a Ciranda de Trabalho como mágica. Ela será totalmente racional. Primeiramente pensaremos com quem rodaremos, quem excluiremos, quem pensamos que nos chamará para darmos as mãos, etc .
Mas se muito pensarmos, não rodaremos, porque a Ciranda terá passado e a gente pra trás ficado. Não é em toda Ciranda da Vida que poderemos exercer nossas preferências. Haverá rodas em que seremos mais um, da qual tomaremos parte sem chance de escolha.
As cirandinhas obrigatórias não são as mais prazerosas. Mas nos permitem aprender. Levam-nos a ter tolerància com aquela mão que apertamos, mas não gostamos, a ir mais devagar quando aquele que está ao nosso lado não consegue apressar seu passo.
Assim resgatamos um pouco do propósito da musica, que é apenas o de Cirandar, sem julgarmos a quem está ao nosso lado. Voltamo-nos um pouco para um simples movimento de girar, que se engrandece com o som de nossas vozes. Percebemos que nosso movimento ajuda a Ciranda a se mexer. Mas que a Ciranda da Vida não depende apenas de nossa força e firmeza - afinal, existem muitas mãos dispostas à "Cirandar".
O importante é que jamais deixemos de mentalizar( e tentar realizar) nossas preferências, mas que tenhamos a humildade suficiente para dar à mão àquele que muito gentilmente nos chama para entrar na roda. Independente se nossa preferência é brincar de roda-roda naquele momento.
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